Primeiro integrante da quarta geração da família de vinicultores a integrar a direção da empresa, o administrador de empresas Maurício Salton, de 34 anos, assume agora o maior desafio de sua carreira: substituir seu pai, Daniel Salton, na presidência da Vínícola Salton. O novo presidente atua na Salton desde 2005, assumindo como diretor em 2010. Com pós-graduação em Gestão Empresarial com ênfase em Negócios Internacionais e especialista em Gestão Estratégica de Negócios, Maurício foi escolhido por unanimidade pelo Conselho de Administração para assumir a presidência dentro do processo planejado de acordo com o estatuto da vinícola.
Como presidente, o executivo vai permanecer à frente das estratégias voltadas ao mercado interno e externo, funções já desempenhadas desde quando ocupava a Diretoria de Operações, incorporando essas atividades a gestão e liderança da empresa que completa 108 anos em 2018. A preparação sucessória ganhou mais corpo na estrutura empresarial da vinícola sob o comando de Daniel nos últimos oito anos. Para manter o crescimento e projetar um futuro com ainda mais sucesso, a reinvenção se fez presente com a adoção de práticas de governança corporativa.
“Vamos dar sequência ao processo de profissionalização na gestão e seguir nos reinventando, investindo em tecnologia, inovação e qualidade. Sempre respeitando as nossas origens e o legado das gerações anteriores, representados na simplicidade e no trabalho árduo. Acima de tudo, guiar com transparência, prezando pelos relacionamentos. Acredito que só estaremos preparados para o amanhã, dando hoje o nosso melhor”, resume Maurício.
A diretoria segue composta pela diretora-executiva, Luciana Salton, pelo diretor comercial, Cleber Slaifer, seguido do diretor industrial Jr, Marcos Flamia, e do diretor administrativo Jr, Marcelo Lucchese. O quadro atual mantém o plano estratégico apresentado ao Conselho de Administração, cuja presidência permanece sendo ocupada por Daniel Salton.
A decisão foi tomada antes do prazo limite, inicialmente estipulado pelo Conselho para 2020 – quando Daniel teria completado 65 anos, idade máxima para a diretoria executiva. Dessa forma, o processo se diferencia da transição da segundapara a terceira geração. “A outra transição foi complexa, justamente por não haver esse perfil de governança corporativa. Eu e Ângelo (presidente que antecedeu Daniel) tivemos que resolver muitas questões que agora não será preciso. Esta mudança é mais fluida e tranquila”, explica Daniel Salton que, assim como Ângelo, viveu a grande crise e a evolução do vinho nacional na década de 90.
Daniel justificou a antecipação por vontade pessoal e, também, estratégica. “O programa sucessório era de quatro anos, iniciado em 2016, mas percebi que a equipe estava pronta para enfrentar os desafios e levar a Salton nesta trajetória de superação e conquistas. Assim, resolvi antecipar a minha saída, mas dentro do plano. Sigo no apoio estratégico à frente do conselho, validando caminhos”, conclui.