Opinião

Quanto tempo temos?

Qual o tempo que temos?
Qual o tempo que temos?
A grande verdade da vida é que nunca sabemos o tempo que ainda temos para vivê-la…
Já tive perdas muito grandes em minha existência. Meu pai virou um anjo quando eu tinha 14 para 15 anos. Até hoje sinto a sua ausência. Não me acostumo com a morte. Com estes desaparecimentos que nos surpreendem e nos deixam por muitas vezes perplexos e em muitas oportunidades com culpa…
Por muito tempo sentia culpado por não ter aproveitado mais o meu velho. Me sentia culpado por uma manhã que preferi dormir do que sair com ele para comprar uma peça para o seu carro…
Me sentia culpado por ter ido com ele em um outro dia para visitar uma feira de veículos…
Fato mesmo é que não poderia me sentir culpado. Como eu iria saber que dias depois ele não estaria mais aqui entre nós???
Não me sinto mais assim. Sei que enquanto o tive por aqui fiz o meu melhor. E tenho certeza de que onde ele está, ele acompanha minha luta por aqui e se orgulha do filho que tem e os valores que ele, ao lado da minha mãe e família, colocaram no meu jeito de ser…
 A grande verdade é que aquela agenda cheia da semana que vem pode não ser cumprida. Aquele compromisso de amanhã à tarde…
Até mesmo ouvir o despertador que nos acorda diariamente pode ser que um dia não seja ouvido…
Fiquei realmente pensativo…
Como tudo acontece de repente e “do nada” deixamos de estar vivos neste plano e não mais teremos tempo para fazer muitas e muitas coisas das quais tínhamos sonhado e planejado para daqui 15 minutos, três horas,12 horas, dias, meses, anos…
Deixamos o corpo físico para seguir vivendo em outra dimensão?
Pra onde vamos, de fato?
Isto tudo depende da fé de cada um…
E como fazer para compreender isto tudo quando não fizermos mais parte desta vida?
Acredito que para esta compreensão é preciso estudo, fé e principalmente, consciência tranquila. Consciência de que vivemos da melhor forma que poderíamos…
Que sorrimos, que abraçamos, que beijamos, que fomos sinceros, que fomos reais…
Quantas vezes perdemos oportunidades de ser e fazer os outros felizes???
Às vezes por um capricho, por uma bobagem, por um equívoco, deixamos passar oportunidades de realmente vivermos intensamente nossas vidas…
Quer falar? Fale.
Quer ver alguém? Vá e veja.
Está com saudade? Ligue.
Tem algum problema com alguém?
Procure este alguém. Converse. Resolva.
Ama? Faça com que esta pessoa saiba disso.
Minha mãe sempre diz: “- Filho! O único “problema” da vida que não tem solução é a morte…”
E esta é a grande verdade…
O fato mesmo é que mesmo com o conhecimento e a fé que tenho, acredito que será muito difícil me acostumar com a morte de alguém…
É estranho estar, e daqui a pouco, de repente, não estar mais…
Lembro que fui dormir com um beijo do meu pai e quando acordei já não o tinha mais…
Tanto nas horas boas como nas ruins da minha vida eu tento imaginar como ele agiria. O que ele pensaria. Como ele resolveria problemas que eu tenho…
Qual seria o conselho?
Lá se vão 25 anos…
Me acostumei com a dor, me acostumei com a saudade…
Tem dias que dói mais. Tem dias que dói menos.
Mas fato é apenas um costume de viver assim…
O negócio é estabelecer algumas prioridades na vida…
Seguir nossos ideais.
Siga nossos valores.
Deixar nossa marca no mundo de alguma forma, para que no dia que de repente, sem percebermos, deixaremos de estar aqui e as únicas coisas que restarão são as ações que deixamos por aqui…
Seja intenso mesmo. Seja verdadeiro(a) sempre viva agindo de forma que no dia em que partir todos possam lembrar não só daquilo que você foi, mas também de guardar no coração tudo aquilo que as fez sentirem…
Não perca segundos preciosos de sua vida já que nunca vamos saber O TEMPO QUE TEMOS…
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