Caxias do Sul

Puxada pelo comércio, economia caxiense fecha abril com queda de 1,2%

Puxada pelo comércio, economia caxiense fecha abril com queda de 1,2%
Números foram apresentados nesta quarta-feira (Foto: Mauro Teixeira/Grupo RSCOM)

A economia caxiense voltou a apresentar instabilidade e fechou o mês de abril com uma queda de 1,2% na comparação com março. Puxada pelo comércio, com retração de 6,5%, a atividade econômica também apresentou números negativos na indústria, com queda de 1,5% na comparação com o mês anterior. Dos três setores, o de serviços foi o único que fechou no positivo, com alta de 2,4%. Apesar do mês negativo, os dados no ano ainda apontam para um crescimento de 11% na atividade econômica de Caxias do Sul.

O comércio atribui a queda de 6,5% em abril a dois fatores. Primeiro, pela antecipação da páscoa neste ano, que influenciou mais as vendas de março do que abril. E segundo, a chegada tardia do frio, que dificultou o faturamento no setor de vestuário.

Os dados negativos, apresentados pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços e pela Câmara dos Dirigentes Lojistas nesta quarta-feira, frearam o discurso otimista das entidades nos primeiros meses do ano. O Diretor de Economia e Estatística da CIC, Astor Schmitt, lembrou que a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2018 já recuou quase 1,5% desde janeiro. Segundo ele, a greve dos caminhoneiros, combinada com um ano em que há copa do mundo e eleições, devem interferir na diminuição econômica.

“Eu lembraria que lá em janeiro se falava em uma estimativa na ordem de três e meio por cento de crescimento. Estamos aí em 2,18%. E esse número leva em consideração três grandes eventos, que a sociedade brasileira vivenciou ou vivenciará no segundo e terceiro trimestre. O primeiro é a greve dos caminhoneiros, que nos tirou uma semana das cinquenta e duas do ano. Esse é o custo. Em junho, nós vamos ter a copa do mundo, e vai se vai evaporar mais uma semana. E depois nós teremos os trinta ou sessenta dias, de véspera de eleições, e certamente vamos perder alguma coisa”, opinou.

Emprego apresenta ligeira alta

No mês de abril, houve a criação de 362 postos de trabalho, indicando ligeira alta de 0,2% no total de empregos formais, que hoje é de 161.971. Em 2018 foram gerados 4.024 empregos, uma variação positiva de 2,5%. Nos últimos 12 meses, o saldo é positivo em 1.657 novas vagas, o que corresponde a 1% de crescimento.