A Liga Gaúcha de Ciclismo realizará no domingo (23), no distrito de Itapuã, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, uma prova em prol do tratamento de câncer da soldado Cristiane Bassichetti, do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, que luta contra um câncer agressivo.
A policial, de 36 anos, está cursando o último semestre de medicina veterinária. Natural de União da Vitória (PR), ela vive há 15 anos no Rio Grande do Sul.
A doença iniciou nas mamas e, rapidamente, se espalhou para outros órgãos. O alto custo dos medicamentos dificulta o tratamento do câncer.
“A Liga Gaúcha de Ciclismo, ao tomar conhecimento do seu problema, resolveu mobilizar toda a comunidade ciclística do Estado para participar da prova ciclística que levará o seu nome”, disse o presidente da entidade, Gilmar Zenger.
As inscrições da prova custam R$ 40 mais um quilo de alimento e podem ser feitas no local do evento. Todo o dinheiro arrecadado será revertido para o tratamento da brigadiana.
A concentração dos atletas ocorrerá às 8h, em frente à Igreja Nossa Senhora dos Navegantes de Itapuã, com a largada às 9h, na rua Enio Ibias de Lacerda. Depois, os atletas seguirão pela rodovia Frei Pacífico.
As categorias Principal e Master B percorrerão 82 quilômetros. As demais pedalarão 54 quilômetros.
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Tratamento revolucionário contra câncer de medula óssea tem 90% de sucesso
A conquista sem precedentes vem da Hadassah University Medical Center, em Jerusalém, em Israel, que usou a técnica que treina e fortalece as células de defesa do paciente, fazendo com que elas combatam o câncer mais efetivamente.
O câncer de medula óssea, ou mieloma múltiplo, é a segunda doença hematológica mais comum, atrás apenas do linfoma. A doença se manifesta em células do sangue chamadas plasmócitos, produzidas na medula.
Como é o tratamento inovador
Na pesquisa, foi aplicada a técnica chamada de CAR-T, bastante utilizada em tecnologia de engenharia genética, apresentando ótimos resultados no combate ao câncer.
A Chimeric Antigen Receptor T-Cell Therapy, estimula o próprio sistema imunológico do paciente para destruir o câncer que acomete o corpo.
Depois de coletar células saudáveis do paciente, os pesquisadores programam os glóbulos brancos (responsáveis pela defesa do organismo) e separaram as células T, que são as responsáveis ativamente pelo sistema imunológico.
Separar os glóbulos vermelhos dos brancos é um processo complexo: pode levar de duas a quatro horas e se assemelha à doação de sangue. Com as células separadas, é realizado um processo de engenharia genética.
Essas células T, que agora foram modificadas, são injetadas novamente no paciente e ajudam a destruir o câncer.
“Os resultados do tratamento CAR-T são impressionantes, garantindo aos pacientes mais anos e muita qualidade de vida”, disse a professora Polina Stepensky, chefe do Departamento de Imunologia.