O protesto previsto para o início da tarde deste sábado (28), organizado por um grupo de mães com filhos em tratamento oncológico, precisou ser adiado. O ato estava previsto para ocorrer na frente da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) do Hospital Geral (HG). As integrantes denunciam a falta de oncologista pediátrico na instituição.
Uma das organizadoras do manifesto, Solete Bisani, explica que em respeito às condições de saúde de uma das pacientes, o protesto foi cancelado e será realizado em nova data a ser informada.
Relembre: Grupo de mães protesta por atendimento oncológico pediátrico no Hospital Geral em Caxias do Sul
O grupo intitulado “As mães guerreiras” vai realizar um protesto na frente da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) do Hospital Geral (HG) neste sábado (28), em Caxias do Sul. A frente reúne mães de filhos em tratamento oncológico. As integrantes protestam pela falta de oncologista pediátrico na instituição.
Uma das integrantes do grupo, Solete Bisani, conta que o intuito é mostrar para a comunidade o que está acontecendo. Marcado para às 13h30, ela garante que será um protesto pacífico, sem gritos, respeitando os pacientes internados, para, segundo ela, mostrar o abandono para a sociedade. Atualmente, a organização conta com 34 mães com filhos que estão em tratamento dentro da oncologia do Hospital Geral. Além delas, mães que já tiveram os filhos internados, também prometeram apoiar o evento. Camisetas com o nome dos filhos irão ajudar a ilustrar o pedido de socorro. No caso de Solete, a neta Valentina, de 9 anos, está em tratamento contra a doença.
Solete contextualiza que desde abril do ano passado, a especialista do setor precisou se afastar por problemas pessoais, mas não foi substituída até então. De acordo com ela, os atendimentos são realizados por oncologista adulto ou por pediatra.
“Mas queremos um basta nisso, por isso formamos o grupo e estamos pedindo ajuda da comunidade. A gente que acompanha sabe que a doença não tem como outro médico atender, tem que ser o especialista em oncologia pediatra”, relata.
Ela também diz que alguns casos são encaminhados para tratamento em Porto Alegre. Contudo, conta que diante da necessidade de ficar vários dias em casas de apoio na capital, não há condições financeiras das famílias em arcar com os deslocamentos diários.
O Hospital Geral foi procurado pela reportagem para se manifestar sobre o assunto. Por meio de nota, a instituição esclarece que o setor de Oncologia Pediátrica está passando por uma troca regular de profissionais, de modo com que os dois novos médicos responsáveis assumirão os cargos no início de novembro. Por fim, o documento assinado pela direção afirma que em nenhum momento, durante essa troca, os pacientes deste setor ficaram desatendidos.