Uma ocorrência policial registrada na madrugada deste domingo (19), chamou a atenção para a falta de segurança que vive diariamente o Cemitério Municipal de Caxias do Sul.
De acordo com o registro por volta das 2h50min foram ouvidos barulhos de vidros sendo quebrados e gritos de uma mulher mulher que vinha da parte interna do cemitério.
A Guarda Municipal foi acionada e dentro de uma capela localizada próximo ao portão principal foi encontrada uma mulher de 28 anos, em estado de surto.
No local os servidores encontraram a capela toda bagunçada e com os vidros quebrados. Algumas imagens, fotos e flores também foram danificadas pela mulher que admitiu ter provocado o vandalismo após ter sido abandonada pelo namorado.
Ao prestar depoimento ao delegado plantonista, Ives Trindade, a mulher identificada como Tainara de Cândido da Silva, contou que foi até o cemitério para fazer um programa com um indivídio conhecido como Israel, em troca de duas pedras de crack.
Após o programa ele teria saído sem fazer o pagamento, de acordo com a ocorrência ela teria ficado irritada com a situação e começou a quebrar a capela onde eles teriam praticado o ato sexual.
Essa não foi a única ocorrência no interior do Cemitério Municipal, de acordo com o chefe de setor, Paulo Paulo Staudt, uma outra capela também teve os vidros quebrados durante a madrugada e uma estátua de bronze de um dos mausoléus quase foi levada pelos bandidos.
“Primeiramente cortaram os dedos da estátua para ver de qual material ela era feira. Em seguida tentaram forçar a base para arranca-la do local, mas não levara. Não se sabe se foi apenas um ensaio para voltarem depois ou se algo aconteceu para que eles desistissem do roubo”,conta.
Para inibir uma nova ação dos ladrões, Staudt colocou um aviso na estátua advertindo para o monitoramento no local onde está uma das últimas peças de bronze do cemitério. No alerta diz: “Sorria! Você está sendo filmado. A Polícia Civil está aguardando você!”.
Ainda de acordo com Staudt, o Cemitério Municipal precisa reforçar a segurança, uma vez que não é de hoje que o medo é constante tanto para quem visita o local, quanto para quem trabalha.
“Esses dias os funcionários foram ameaçados aqui durante o dia. Os bandidos vivem aqui por dentro roubando tudo que é material, e nunca são pegos. Hoje eu tô aqui trabalhando sozinho e só Deus sabe o que pode acontecer. É um risco”, desabafa.