Os professores estaduais do Rio Grande do Sul decidiram manter a greve da categoria em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (31). Uma reunião de conselheiros do sindicato na noite anterior já havia definido a pauta, que acabou sendo aprovada.
O governo havia recebido o comando de greve dos professores na segunda-feira (30). Na ocasião, o Executivo se propôs a pagar todos os professores em dia a partir da folha de dezembro, a ser paga no último dia útil do mês.
No entanto, há duas condições para que isso aconteça: a obtenção do lucro esperado com a venda de ações do Banrisul e a adesão ao plano de recuperação fiscal, que prevê o não pagamento da dívida com a União por três anos.
O governo ainda se comprometeu em não dispensar contratados temporários que tenham aderido à greve. Além disso, também propôs a manutenção do artigo 35 da Constituição Estadual, que prevê a obrigatoriedade do pagamento em dia dos salários. Uma proposta de emenda constitucional estava em tramitação para anular esse artigo.
As propostas do governo foram levadas para a reunião do Conselho do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS), que decidiu manter a greve. Uma contraproposta deverá se apresentada pelo sindicato após aprovação da categoria.
A greve dos professores estaduais teve início no dia 5 de setembro. A principal reivindicação é o pagamento em dia dos salários do funcionalismo. Os servidores vinham recebendo de forma fatiada e consecutiva desde fevereiro do ano passado. Em outubro deste ano, o governo passou a escalonar os pagamentos. Dessa forma, recebem primeiro aqueles que recebem até R$ 2 mil.
De acordo com a Secretaria da Educação, 2,8% das escolas estão totalmente paralisadas e 30% estão em greve parcial. O CPERS, por sua vez, afirma que 60% dos professores e funcionários aderiram à greve.
Colaboração: Andreas Weber/Jovem Pan Grande POA FM 90,7