
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Renato Del Mese, localizada na Estrada da Cidadania, em Vila Cristina, interior de Caxias do Sul, está passando por um novo processo de interdição. O prédio foi construído pelo governo Leonel Brizola, em meados de 1963, e teve o primeiro fechamento do prédio em 2013, por conta de problemas estruturais, sendo que, uma estrutura temporária foi projetada.
No início de 2021 as atividades foram retomadas para o antigo prédio, que passou por reformas, porém os problemas estruturais retornaram. De acordo com o pai de um aluno do 8º ano, as aulas que deveriam estar ocorrendo de forma híbrida, estão apenas remotas, porque o piso da escola está novamente desabando. O pai crítica a demora da construção de uma nova escola, como é a promessa do Governo do Estado.
A família denunciante cita que quando foi construída de forma provisória, a escola contemplava cerca de 170 alunos, garantindo estudos para adolescentes de toda a região, atualmente estudam no local 52 crianças. A diretora da escola, Janete Welter conta esclarece que o setor de engenharia estadual já realizou uma perícia, para avaliar os danos.
“O piso está comprometido, conforme análise do setor de engenharia. As paredes da escola não tem risco de cair. O problema é que na primeira obra de revitalização, não foi realizada a drenagem no terreno, assim, com o acumulo da água o piso apodrece, pois é uma estrutura naval, formada por madeira conhecida como compensado, e infelizmente já está comprometido novamente”. Janete Welter destaca que desde que trabalha na direção escolar nunca recebeu um prazo para a construção da nova estrutura no local.
A 4ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), enviou uma nota ao Portal Leouve, relatando como está o processo de construção da escola. Confira na íntegra.
“O projeto para a reforma já foi concluído e encaminhado para a Secretaria de Educação para licitação e coleta de preços. O prazo final para as empresas apresentarem as propostas dia 25/08. Estão sendo avaliadas alternativas para a realização das aulas presenciais durante esse período.”
Prejuízo no aprendizado
O pai do aluno do 8º ano, declarou ainda que o filho não está tendo a carga horária de aula adequada. De acordo com a denuncia anônima, o filho tem atividades em média duas vezes na semana, com uma hora de aula por dia. Já a diretora Janete contrapôs, relatando que os professores estão cumprindo os horários, conforme determinação.
“Não confirmo a informação da família. Os alunos tem aulas todos os dias pela plataforma Classroom, onde os professores postam as atividades. E pelo Meet, de 15 em 15 dias. O que pode o pai estar se referindo ao período que sofremos com falta de professores, mesmo assim, os professores que estavam presentes sempre passaram as atividades regularmente. O quadro com docentes está completo deste 27 de julho. A diretora completa que sobre as atividades remotas as famílias podem entrar em contato com a direção para repassar quaisquer dúvidas.
Água acumulada
A reportagem do Portal Leouve visitou o local e constatou que havia muita água acumulada nas proximidades da escola, principalmente no pátio, que fica ao lado da Unidade Básica de Saúde. Também foi encontrado alguns materiais de obras como pedra brita e tubos de concreto. Contudo, nenhuma autoridade repassou uma data definitiva para construção do novo prédio da instituição de ensino.