O primeiro semestre da gestão de Eduardo Leite como governador do Rio Grande do Sul fechou com déficit de R$ 2,27 bilhões. Este é o pior resultado desde 2015, porém o montante leva em conta as dívidas do Estado com a União, que ainda não foram pagas.
De acordo com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária, a receita total apresentou aumento de R$ 1,85 bilhão comparado ao primeiro semestre de 2018, tendo passado de R$ 31,81 bilhões para R$ 33,66 bilhões. A variação representa crescimento nominal de 5,82%, acima da inflação acumulada nos 12 meses encerrados em junho, que foi de 3,37%.
Por outro lado, as despesas liquidadas passaram de R$ 33,36 bilhões em 2018 para R$ 35,93 bilhões em 2019, crescimento nominal de 7,7%.
No âmbito de 12 meses, a Secretaria da Fazenda projeta uma dívida ainda maior, podendo alcançar os R$ 3,84 bilhões. Algumas alternativas são estudas pelo Governo para que essa situação caótica possa ter um final. Entre elas estão a venda de ações do Banrisul, que estão bloqueadas por liminar, e a adesão ao regime de recuperação fiscal da União.
Já o déficit do Regime Próprio de Previdência Social do Plano Financeiro atingiu R$ 6,13 bilhões, crescimento de R$ 200 milhões (3,37%, idêntico à inflação) em relação ao mesmo período de 2018.