Caxias do Sul

Primeira rodada de negociações ocorre entre Sindicatos dos Metalúrgicos e Patronal em Caxias do Sul

Reunião ocorreu nesta quarta-feira (08) no Sindicato Patronal das Indústrias Metalúrgicas

Foto: Paula Brunetto / Grupo RSCOM
Foto: Paula Brunetto / Grupo RSCOM

Na manhã desta quarta-feira (08), às 10h, ocorreu a primeira reunião de negociações da convenção coletiva de 2022 dos metalúrgicos, onde reuniu representantes dos Sindicatos dos Metalúrgicos e Patronal. A reivindicação dos metalúrgicos se concentra no reajuste salarial de 15%.

Conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Paulo Andrade, fazem, aproximadamente, dois meses que as pautas da categoria foi apresentada aos patrões, os quais ainda não retornaram. Além do aumento salarial, os representantes dos trabalhadores defendem a elevação do piso salarial da categoria, auxílio creche pago para os filhos dos trabalhadores, lavagem dos uniformes serem de responsabilidade do empregador e outras tantas cláusulas do dissídio, para garantir melhores condições de trabalho e regulamentar questões importantes.

“Mas tudo isso, a gente quer 15% de reajuste. 15% que vai aquecer a economia em Caxias do Sul. A gente vai ter mais uma ou duas reuniões com o patrão e vamos chegar lá e queremos o quê: o índice de 15%, porque a data base é 1 de junho. Então queremos resolver rápido o nosso dissídio. Vai depender deles”, dispara Paulo. Além disso, ele também destacou sobre as tratativas na reunião, a qual, conforme Andrade, não citou os 15% reivindicados pelos metalúrgicos. “A gente estava conversando mais pela conjuntura. Deram a desculpa de que o gás tá muito caro, falta de matéria prima, mas, nosso objetivo é os 15%”.

O vice-presidente das Relações de Trabalho do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (SIMECS), José Paulo Medeiros, destaca que a pauta levantada pelo Sindicato dos Metalúrgicos foi recebida, incluindo a cláusula financeira e outras 91 cláusulas sociais para análise do órgão. Na reunião desta quarta-feira, o Sindicato Patronal realizou a entrega da pauta que contempla sete de cunho social para então, serem iniciadas as negociações. “Nós precisamos, para que essas negociações iniciem, que duas coisas aconteçam. Uma delas é a divulgação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de maio, que vai remontar os últimos doze meses, e isso aconteceu na manhã de hoje, o IBGE fez a divulgação desse índice, e ele ficou em 11.9 o índice acumulado de doze meses. Então nós temos a primeira premissa para começarmos as negociações. Na próxima semana, nós temos agendado a Assembleia Patronal, onde as empresas farão esta discussão e farão a autorização ao SIMECS de começar a fazer a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho junto ao Sindicato dos Trabalhadores”. Medeiros ainda ressaltou que a agilidade no processo das tratativas entre os sindicatos é recíproca, uma vez que as empresas também possuem pressa. “Até em virtude do alto índice do INPC, diferente do ano passado que a gente tinha números de um dígito e agora, temos números de dois dígitos, é um índice muito alto para as empresas e para os trabalhadores. Enfim, todos temos pressa de fechar essa negociação o mais rápido possível.”

O vice-presidente ainda destacou que é de muita importância que as negociações ocorram em uma mesa, onde os sindicatos possam sentar e dialogar.

Ainda não há previsão para uma nova reunião entre os sindicatos.