Um dia após a operação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) deixar 25 mortos na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) justificou ter atuado na ação em apoio aos órgãos de segurança pública Estadual e Federal para cumprir mandados de prisão e desarticular organizações criminosas, após um pedido da Polícia Militar.
A conduta dos agentes federais na 2ª operação mais letal do Rio de Janeiro será alvo de investigação do MPF (Ministério Público Federal). A Procuradoria já solicitou informações das autoridades, como relatório final da ação, número do efetivo e detalhamento dos mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Regional Madureira.
Em nota, a PRF afirmou que a facção que atua na comunidade é responsável por cerca de 80% dos crimes cometidos em todo estado, inclusive em rodovias. Também ressaltou que no Pará foram registrados 10 atentados contra a vida de agentes públicos nas duas últimas semanas e que as ações criminosas estariam ligadas a traficantes escondidos na Vila Cruzeiro. A Polícia Federal procura ao menos três traficantes daquele estado que estão foragidos.
De acordo com as investigações, no dia da ação, lideranças do tráfico no estado do Pará e outros criminosos estavam reunidos na Vila Cruzeiro em preparação para invadir a comunidade da Rocinha, na zona sul.
Fonte: Correio do Povo