O Presídio Estadual de Frederico Westphalen deu início, na última semana, ao Projeto Arte com Afeto, destinado às mulheres privadas de liberdade. A atividade descende do Projeto Social Arte sem Fronteiras, cujo objetivo é dar visibilidade para as ilimitadas expressões artísticas de diferentes gêneros presentes no nosso cotidiano.
A iniciativa envolve aulas teóricas e práticas sobre a arte e propõe-se a uma descoberta de sentidos e significados do desenho, da pintura em tela, da pintura em parede, da música e do cinema. Serão cinco encontros, que deverão ocorrer a cada segunda-feira até a segunda semana de fevereiro, totalizando 10 horas/aula.
As oficinas, que contam com o apoio da administração prisional, presidida por Gabriel Guidini, serão coordenadas pela artista plástica e mestra em educação, Valéria Pinheiro. Além da sua produção artística, ela é reconhecida por sua atuação voluntária junto às minorias, fazendo parte da ONG Fraternidade sem Fronteiras, que leva ajuda humanitária aos lugares mais vulneráveis do mundo.
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Após os encontros iniciais, a artista fará uma viagem para a África Subsaariana, viabilizando um intercâmbio de experiências entre apenadas e crianças do continente através de cartas e histórias. A intenção é sensibilizar por meio da arte para contribuir na formação de melhores cidadãos, acreditando no princípio de que todas as artes colaboram para a maior de todas elas: viver. Ao retornar, a ideia é reprogramar o projeto para encontros quinzenais durante o restante do ano.
Para as assistentes sociais Nadia Wacheleski e Sandra Coutinho, o projeto representa um espaço pensado para dar fluidez às subjetividades, à criatividade e à essência dessas mulheres que, estando recolhidas em um presídio misto, possuem suas necessidades e potências subsumidas na rotina prisional.
