Brasil

Presidente do Senado reafirma que descriminalização da maconha é competência do Congresso Nacional

Rodrigo Pacheco se manifestou contra a decisão do STF. Corte formou maioria para desconsiderar como crime o porte de uma quantidade da droga a ser definida nesta quarta-feira

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (25) se manifestou contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Segundo ele, a decisão invade as competências técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e legislativa do Congresso Nacional sobre o tema. Além disso que gerar uma lacuna jurídica no Brasil.

“Ou seja, a substância entorpecente na mão de quem a tem para fazer o consumo é um insignificante jurídico sem nenhuma consequência a partir dessa decisão do STF. E essa mesma quantidade dessa mesma substância entorpecente na mão de alguém que vai repassar a um terceiro é um crime hediondo de tráfico ilícito de entorpecentes. Há uma discrepância nisso”, avalia Pacheco.

O tema está sendo votado pelo STF, mas a Corte já formou maioria pela descriminalização. Conforme Pacheco, apesar de pregar o respeito às decisões judiciais, a descriminalização só pode se dar pelo processo legislativo, e não, por uma decisão judicial.

“Essa questão da descriminalização das drogas é uma ideia suscitada em várias partes do mundo, mas há um caminho próprio para se percorrer nessa discussão, que é o processo legislativo”, complementando que há critérios técnicos para definir se uma substância é considerada ilícita ou não.