Comportamento

Presidente do Conselho Municipal de Saúde destaca a falta de leitos em Caxias do Sul

 Foto: Luana Duarte / Governo RS
Foto: Luana Duarte / Governo RS

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Alexandre Silva destacou alguns dados preocupantes sobre a saúde pública de Caxias do Sul. Na visão dele, a saúde está em colapso quando se refere a leitos hospitalares, tanto clínico quanto de UTI.

Silva comenta que tem conhecimento de mais de 40 pessoas aguardando por um leito, em sua maioria essas pessoas esperam nas UPAs, esperando em média 15 dias para ser transferido. A sobrecarga nas unidades e em cima dos profissionais estão deixando a saúde pública um caos, segundo o conselheiro.

“É importante frisar que a gente ficou sete anos sem aumentar leitos, agora pós-covid teve uma atualização de mais 34 leitos. Dentre eles 18 clínico e seis UTI, mas no ponto de vista do controle social, tinha um déficit muito grande. E se tu parar pra pensar nós atendemos 49 municípios, para mais de 1,2 milhões de pessoas como referência, se tratando disso é muito pouco. Vale a pena ressaltar também, lembrar a todos que a gente durante a crise da pandemia, muita gente perdeu o emprego e a gente teve um recesso industrial há um anos atrás que muita gente perdeu o trabalho, plano de saúde e está utilizando o SUS.”

Ele explicou ainda que o Conselho entende que a atual gestão está tentando solucionar os problemas, porém, na visão deles não é o suficiente. A prefeitura precisa, de acordo com Alexandre Silva, manter contato com outros municípios, Estado e governo federal para buscar soluções.

A Secretaria Municipal de Saúde de Caxias do Sul, por meio de sua assessoria, encaminhou a seguinte nota sobre o assunto.

“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclarece que a Central de Regulação de Leitos (CRL) regula o acesso hospitalar para pacientes residentes em Caxias do Sul e nos municípios que compõem a Macro Serra e que necessitam de leitos em Caxias. Na tarde desta terça-feira (12/04), a CRL trabalha com 52 pessoas em lista por leito de enfermaria, sendo 29 que estão sendo atendidas nas duas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e 23 que estão aguardando em suas cidades de origem. Também há 11 pacientes em hospitais aguardando leito de UTI. A Secretaria explica que a regulação depende da disponibilidade de leito nos hospitais que atendem a rede SUS, do quadro de saúde de cada paciente e do tipo de leito necessário para cada situação.”