Cidades

Presidente da Câmara de Veranópolis tem prisão preventiva decretada por tentativa de homicídio

Aristeu André Caron (PTB) confessou o crime e está detido desde quarta-feira (20)

Presidente da Câmara de Veranópolis tem prisão preventiva decretada por tentativa de homicídio
Foto: Câmara de Vereadores de Veranópolis/divulgação

O presidente da Câmara de Vereadores de Veranópolis, Aristeu André Caron (PTB), teve prisão preventiva decretada pela Justiça nesta quinta-feira (21). Ele é acusado de tentativa de homicídio por balear um homem de 34 anos no rosto, na última quarta-feira e, desde então, estava detido em flagrante.

O delegado Tiago Baldin revelou, em coletiva, ontem, que o vereador (sem citar o nome de Caron) e a vítima tinham uma relação comercial, em uma fruteira às margens da BR-470, em Veranópolis, onde ocorreu o crime. O parlamentar é proprietário do estabelecimento.

Em uma discussão, por suposto desacordo comercial, Caron teria sacado a arma e disparado à queima roupa contra o homem.

“O autor dos disparos, logo após o fato, me contatou. Eu orientei ele a retornar à cena [do crime] e se apresentar juntamente com a arma de fogo utilizada”, contou o delegado Baldin. No entanto, a arma, um revólver calibre .38, que o vereador disse ter jogado em uma ribanceira próxima à rodovia, ainda não foi localizada.

Embora tenha confessado os fatos, o vereador optou pelo silêncio durante o depoimento formal à polícia. A primeira linha de investigação, conforme Baldin, é de crime passional.

Vítima em estado grave

A vítima, que ainda não teve a identidade revelada oficialmente, foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Comunitário São Pelegrino Lazziozi, mas foi transferida ao Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, devido a gravidade dos ferimentos. O homem segue internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Segundo apuração do Correio do Povo, o homem é natural do Paraná, e é apontado como um dos líderes do tráfico no município de Colombo (PR). De acordo com o Ministério Público do Estado, ele tem 33 anos e era responsável pelo comércio de drogas nos bairros Ana Terra e Jardim Monza, ameaçando moradores como forma de manter o domínio na região.

Com antecedentes por roubo, tráfico e ameaça, segundo o MP-PR ele chegou a responder pelo homicídio de um rival, em 2013, mas acabou sendo inocentado por falta de provas. Conforme forças de Segurança locais, ele teria deixado o crime organizado desde então.