Justiça

Presidente da Câmara assume prefeitura de Paraí por afastamento de Dall'Agnol

Presidente da Câmara assume prefeitura de Paraí por afastamento de Dall'Agnol


Presidente da Câmara, Catiane Trevizan assume prefeitura no lugar de Dall Agnol (Foto: Camila Dekeper/divulgação)

A presidente da Câmara de Vereadores de Paraí, Catiane Richetti Trevizan (PMDB), assumirá a prefeitura da cidade oficialmente nesta segunda-feira, dia 18, depois do afastamento, neste sábado, do prefeito Oscar Dall’Agnol e do vice-prefeito Gilberto Zanotto, que tiveram o registro da candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 8 de agosto.

Catiane, que é da oposição ao governo de Dall Agnol, deve permanecer no cargo até a realização de novas eleições, ainda sem data marcada. “É um desafio grande. Fui eleita para ser vereadora e, agora, me cabe assumir o Executivo”, sintetizou.

Dall Agnol foi afastado depois que o TSE decidiu que ele não cumpriu os prazos legais de desincompatibilização antes das eleições, confirmando as decisões anteriores. A decisão do TSE, em caráter definitivo, implica, de acordo com o parágrafo 3º do artigo 175 do Código Eleitoral na anulação dos votos dados a Dall Agnol, que concorreu pelo PP nas eleições vencidas por ele com 2.829 votos, o correspondente a 50,91% dos votos válidos, contra os 2.728 votos dados ao candidato derrotado, Lauriano Artico (PMDB).

A legislação determina que deverão ser realizadas novas eleições sempre que houver, independentemente do número de votos anulados, sempre que houver, independentemente do número de votos anulados e após o trânsito em julgado, “decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário”, e estabelece que o respectivo tribunal marcará dia para nova eleição.

Entenda o caso

Para concorrer, os ministros entenderam que ele deveria ter deixado o cargo de subsecretário-geral adjunto da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Casca quatro meses antes das eleições, o que não ocorreu.

A defesa do prefeito, que concorreu pelo Partido Progressista (PP), alegou que ele nunca exerceu efetivamente o cargo, o que permitira a candidatura, mas o tribunal entendeu que, como havia a formalidade do cargo, seria necessário cumprir com os trâmites da desincompatibilização.

Os advogados afirmaram que um uma certidão emitida pela direção da subseção de Casca garante que ele nunca assumiu a função. Como ele era adjunto, só atuaria caso o titular não pudesse assumir.