Uma reunião comandada pela Comissão da Saúde e Meio Ambiente (CSMA) do Legislativo caxiense debateu, na manhã desta sexta-feira (05), a falta de segurança nas unidades básicas de saúde (UBSs) do município. O presidente da Comissão, vereador Rafael Bueno/PDT, liderou o encontro, no qual houveram relatos de roubos, ameaças e agressões contra servidores que atuam nas unidades e encaminhamentos para melhorar as condições dos trabalhadores.
Os casos mais graves estão ocorrendo na região da Zona Norte. A responsabilidade pela segurança nas UBSs é da Guarda Municipal, que hoje conta com 172 servidores, número considerado defasado, já que a corporação atua em 259 pontos da cidade.
Entre os participantes estiveram a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv), Silvana Pirolli, gerentes de UBSs, integrantes do Conselho Municipal de Saúde e lideranças comunitárias da área da saúde. Eles detalharam situações que revelam a crescente escalada da insegurança dos servidores, risco que teria aumentado em razão do momento crítico pelo qual o país passa, deixando as pessoas mais preocupadas com a saúde. Trouxeram à tona informações sobre servidores que ficaram traumatizados com as investidas de criminosos.
Ampliação e reposição de câmeras de monitoramento, mais presença e rapidez na resposta da Guarda Municipal, troca de informações com outros órgãos de segurança, proteção estrutural como estacionamentos para servidores na parte interna das unidades estiveram entre as ações que foram solicitadas e serão estudadas pelo município, segundo apontou o secretário municipal de Segurança, Hernest Larrat dos Santos Júnior.
Ele elogiou o trabalho da Guarda e disse que o município vem buscando convênios para ampliar a colocação das câmeras na cidade. Porto Alegre, por exemplo, já tem mais de 1,5 mil equipamentos interligados por meio do cercamento eletrônico, o que possibilita a identificação de veículos pelas placas e sua situação, por exemplo.
“Precisamos atuar com inteligência, como fazemos com a Operação Nômade, e estamos avançando com essas ações nos bairros, onde ficam as UBSs”, relatou Hernest.
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O diretor da Guarda, Jeferson Vargas, solicitou que servidores da saúde e a população em geral passem informações à corporação o mais rapidamente possível quando depararam com algo suspeito ou após um crime, o que pode ser feito pelo telefone 153 ou e-mail [email protected]. Jeferson comentou que está sendo viabilizada a colocação nas UBSs de um sistema para que os servidores acionem mais rapidamente a Guarda sem precisarem fazer ligação telefônica.
O secretário municipal da Saúde, Jorge Olavo Hahn Castro, disse que a segurança é preocupação constante dos servidores, não apenas com agressões externas, mas também internas, quando pacientes investem contra os funcionários. Ele sugeriu reforçar parcerias com o Estado, por meio da Brigada Militar, para buscar mais segurança.
Em nome dos vereadores, Bueno agradeceu a presença e preocupação de todos e as informações trazidas pelos representantes do Executivo. O parlamentar disse que isso mostra que a equipe da área de segurança está trabalhando com comando e unidade, o que não havia na gestão da administração passada.
“A Guarda tem a prerrogativa de não apenas cuidar dos prédios públicos, mas também das pessoas, dos nossos servidores”, destacou Bueno, comentando que a Comissão da Saúde e a Câmara Municipal estarão sempre disponíveis para ajudar e cobrar esses encaminhamentos.
Os vereadores Tatiane Frizzo e Paula Ioris, ambas do PSDB, se manifestaram, assim como Alberto Meneguzzi/PSB, Arlindo Bandeira/PP e Velocino Uez/PTB, e se disseram preocupados com a situação, colocando-se ao lado dos servidores nessas demandas.
Além de Rafael Bueno, fazem parte do grupo parlamentar da saúde os vereadores Alberto Meneguzzi/PSB, Gladis Frizzo/MDB, Renato Oliveira/PCdoB e Tatiane Frizzo/PSDB. Os vereadores da Comissão que não puderam estar presentes mandaram representantes.
