A premonição sempre foi tratada de forma refratária pela “ciência” como sendo algo impossível de ser confirmada pela devida metodologia, mas não. Conforme demonstraremos, há estudos baseados em princípios e comprovados por fatos que observamos reiteradamente. Poderíamos então saber o que ainda não aconteceu e antever o futuro? Dentro de uma razoabilidade, em terreno firme e baseado na lógica, procuraremos desvendar este “mistério”, por assim dizer.
Albert Einstein, considerado um dos maiores físicos de todos os tempos, escreveu no início do século passado sobre a “Teoria da Relatividade”, que seria a união de duas teorias científicas: A “Relatividade Restrita” e a “Relatividade Geral”. A primeira substituiu os conceitos independentes de espaço e tempo de Isaac Newton por uma questão geométrica unificada, sendo que o espaço-tempo consiste de uma variedade diferencial de quatro dimensões, três espaciais e uma temporal, usando para esta conclusão a geometria de Riemann que daria uma noção de ângulo, comprimento de curvas, superfície e volume. A partir desta teoria chegou à conclusão de que a velocidade da luz seria invariante e imutável. Uma década após a publicação da Teoria Especial, Einstein publicou a Teoria Geral da Relatividade, explicando que os efeitos da gravitação são integrados, surgindo à noção de espaço-tempo curvo.
Sem a intenção de aprofundamento em explicações complexas de física quântica, mas apenas para servir como referencial científico e alicerce para as questões de metafísica a seguir, começaremos a desvendar este mistério, pois penso que o desconhecido somente pode ser explicado partindo do conhecido.
Quando se atinge a velocidade da luz (300 mil Km/seg) o tempo e espaço se tornam relativos. Explicando melhor: Segundo estudos o homem pode se deslocar por no máximo 60km/hora, talvez um pouco mais. Definindo assim que o tempo de seu percurso levaria uma hora para percorrer esta quilometragem. Por conclusão óbvia, se estiver se deslocando a velocidade da luz o tempo sofreria uma imensa redução.
Para melhor compreensão, vamos conceituar o que é tempo e espaço. Tempo nada mais é que a duração dos fatos e espaço é o intervalo entre um ponto e outro. Na perspectiva da velocidade da luz, a duração dos fatos seria consideravelmente menor, aproximando significativamente os acontecimentos.
A questão que surge está relacionada ao pensamento ou ação que ocorre quando recebemos a comunicação de algo que, supostamente, ainda não ocorreu no mundo “físico”. Veja que os sentidos (visão, audição) estão ajustados ou configurados pelo cérebro a velocidades, digamos “normais”, mas o pensamento está em aceleração ainda incalculável e superior a da luz. Embora esta velocidade ainda não seja avaliada precisamente, não se pode negar a existência da consciência como algo intrínseco à condição humana.
O cérebro possui mistérios ainda não desvendados pela atual ciência, no entanto já se sabe que ele tem atividade elétrica ou oscilações neurais medidas em hertz. É chamado de “sinapse” a comunicação entre os neurônios no qual são transmitidas as mensagens, aonde os impulsos nervosos geram impulsos químicos ou seja, se este fenômeno ocorre neste micro ambiente, conclui-se que também ocorre entre os indivíduos, mesmo que distantes. Ora, reputando que o pensamento não tem obstáculos físicos que poderiam impedir sua transmissão e que, em tese, tornaria sua velocidade incomensurável, podemos afirmar que está perfeitamente delineado este processo e apoiado cientificamente por fatos que testemunhamos com frequência.
Agora imaginem este fenômeno potencializado por sentimentos intensos e enérgicos, como por exemplo, a angústia da mãe quando pressente iminente perigo do filho, e ainda as inquietações inexplicáveis que todos nós já sentimos e que somente no futuro são confirmadas. Certamente estes fatos servem de amparo factual desta teoria.
Devemos ter a compreensão que cada pensamento libera uma energia conforme a intensidade do sentimento presente, o que pavimentaria, digamos assim, um corredor onde trafega a comunicação. Segundo Einstein, a potencialidade das ondas, embora invisíveis, chegam a uma proporção extraordinária, demonstrada em sua fórmula que foi associada à criação da bomba atômica, conforme o conceito de massa inercial (E = mc2). Ainda poderíamos exemplificar com as ondas de RF presente nos celulares, que nada mais é que uma energia eletromagnética, temos ainda as ondas de rádio, do micro-ondas, etc.
Há muito ainda para a ciência se aprofundar neste tema complexo, mas não significa que negue consubstancialmente a teoria da relatividade aplicada a fatos ditos “futuros” ou que ainda não teriam acontecido no mundo físico e que, aos poucos, são elucidados.
Disse então Jesus: “Asseguro que ainda esta noite, antes que o galo cante, três vezes você me negará” (Mateus 26:34). Como Ele sabia da hora dos fatos, da movimentação das pessoas, do canto do pássaro? Não há dúvida quanto à elevação espiritual de Nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, sempre se denominou como nosso “irmão”, deixando claro que podemos conquistar a elevação em todos os seguimentos, tanto no que se refere ao mundo físico quanto espiritual. Seguramente usou de conhecimentos que ainda não atingimos para sua “predição”, mas que ainda alcançaremos.
Enfim, não faltariam citações e referências para registrar, mas o que buscamos demonstrar é que a dimensão do tempo do mundo real é diferente do mundo das ideias, pois o veículo condutor é mais sutil, proporcionando uma aceleração dos fatos, fazendo com que a mensagem chegue primeiro do que a matéria, influenciado ainda pela energia dos sentimentos.
Deixo então estas considerações como uma pequena semente que poderá servir de reflexão para alguns, ou ainda de negação para outros.
Escrito por Mauro Falcão, em 29.08.2021, para o Portal Leouve e Tábuas da Verdade.