Caxias do Sul

Prefeitura troca 10 canos entupidos de lixo em bairro da Zona Norte de Caxias

Prefeitura troca 10 canos entupidos de lixo em bairro da Zona Norte de Caxias

Quando dizem que o lixo que se descarta incorretamente pode causar entupimentos, acredite. Somente na Rua da Vitória, loteamento Canyon, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Smosp) precisou substituir 10 metros de canos, ou seja, 10 tubos repletos de todo tipo de resíduo orgânico ou seletivo. O trabalho começou na terça-feira (3) e só foi concluído nesta quinta-feira (5). Os servidores encontraram sacolas de lixo, o tronco de uma árvore, restos de um guarda-roupas e de uma cama, pneus, muitas garrafas plásticas, um capacete para motociclista e até um tonel utilizado como churrasqueira.

Todos esses objetos acumulados causaram o entupimento total do trecho de tubulação, ocasionando alagamentos na região. O material precisou ser retirado e não poderá ser reaproveitado, sendo encaminhado para um aterro próprio da Smosp. O volume de resíduos encontrados corresponde a 10 metros cúbicos.

Conforme o secretário de Obras, engenheiro Leandro Pavan, o acúmulo de lixo pode causar rapidamente alagamentos de grandes proporções em regiões nunca antes afetadas. “Construímos tanques de contenção, novas redes de drenagem e galerias novas, além de estarmos projetando um túnel de macrodrenagem que reduzirá alagamentos em 15 bairros. Há infraestrutura, mas tudo isso precisa também do apoio da comunidade. As equipes estão sempre monitorando a necessidade para atender prontamente os chamados e evitar complicações. Entretanto, sabemos de pessoas que até varrem o lixo da rua para dentro da boca de lobo. Todo esse material causa entupimento e aumenta a possibilidade de alagamentos”, lamenta.

O setor de Saneamento da Smosp conta com 16 equipes, sendo 12 de manutenção e quatro de suporte (hidrojateamento e caminhões especializados em cargas – munck). O serviço de desobstrução de bocas de lobo por conta do excesso de lixo depositado ocorre continuamente. “É preciso considerar uma série de fatores sobre o quanto isso impacta no Município. Cada vez que precisamos atender uma situação dessas, é necessário deslocar uma equipe inteira com caminhões, retroescavadeiras (máquina com pneu) e escavadeira (máquina com esteira). Na maioria das vezes, somente o hidrojateamento não é suficiente para desobstruir, então temos que identificar o ponto da obstrução abaixo do solo, escavar, retirar os tubos e instalar novos. Tudo isso leva dias de serviço, com uma equipe dedicada a atender uma demanda causada justamente pelo descarte incorreto de todo tipo de resíduo”, alerta Pavan.

Em média, um único serviço como esse não custa menos de R$ 30 mil aos cofres públicos, considerando material, maquinário e pessoal.

Fotos: (Francisco Gomes/Divulgação)