RECUPERAÇÃO

Prefeitura fará três obras de reconstrução após desastres climáticos em Caxias do Sul

Obras têm investimento de quase R$ 1 milhão, provenientes do caixa da prefeitura, da Defesa Civil Nacional e de uma parceria internacional com a Agência Eslovaca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento

Três bairros serão contemplados: Mariani, Salgado Filho e Galópolis | Foto: Marina Tusset / Grupo RSCOM
Três bairros serão contemplados: Mariani, Salgado Filho e Galópolis | Foto: Marina Tusset / Grupo RSCOM

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, assinou na manhã desta quinta-feira (17) as ordens de início para a realização de três obras de reconstrução após as fortes chuvas que atingiram Caxias do Sul, tanto em maio de 2024 quanto em setembro de 2023. Três bairros serão contemplados com as atividades, que incluem duas redes de drenagem, nos bairros Mariani e Salgado Filho, e a manutenção de pontilhões na localidade de Galópolis. O investimento total é de quase R$ 1 milhão, com recursos oriundos do caixa da prefeitura, da Defesa Civil Nacional e da Agência Eslovaca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, esta última na obra de Galópolis.

O ato ocorreu no Salão Nobre do Centro Administrativo e contou com a presença do secretário de Obras, Lucas Suzin, do secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Elisandro Fiuza, dos secretários adjuntos Kiko Girardi (Obras) e Velocino Uez (Agricultura), do subprefeito de Galópolis, José Antônio Dapont, e comunidade.

Foto: Ricardo Rech

Expectativa para solucionar problemas antigos

As fortes chuvas que atingiram Caxias do Sul em setembro de 2023 e maio de 2024 apontaram pontos críticos de alagamento, mostrando onde é necessário realizar manutenções na cidade. Nesse sentido, a obra de drenagem no bairro Salgado FIlho, por exemplo, prevê solucionar o problema de uma antiga rede de drenagem que até o momento passa por baixo das residências, causando problemas não só de alagamento mas também de mau cheiro, decorrente do esgoto que passa pela canalização.

O presidente do bairro Santos Dumont/Salgado FIlho, José Hoffmann, esteve presente na solenidade de assinatura e relatou os transtornos causados pela antiga tubulação:

“Cada vez que dá uma chuvarada, os moradores ficam apreensivos que a sua casa possa alagar ou que se forme uma cratera. Essa água toda vem lá do aeroporto, e é muita água que vem. Agora, com essa obra, vai ser uma outra situação que vai melhorar pra todos.”, afirma José.

Confiança no prazo de entrega

Questionado sobre o recente histórico de obras paradas por abandono das empresas vencedoras de licitações, o secretário de Obras, Lucas Suzin, afirmou que as intervenções iniciadas hoje serão realizadas por um empresa de confiança da prefeitura. Segundo ele, diferente de empresas de fora do Estado, a Caxias Pavimentações e Construções LTDA, conhece a realidade local e está preparada para a execução dos trabalhos.

“Com a mudança da Lei de Licitações, a gente acabou tendo experiência com empresas de fora que acabam participando dos pregões eletrônicos e acabam não concluindo as obras, porque a realidade que eles vivem é de outra região, são outros custos, e a nossa região, ela é uma região que os custos são maiores, isso é fato. Então, eles não estão preparados para isso e eles acabam surpresos quando chegam aqui para trabalhar. No caso dessas obras que a gente assinou a ordem de início hoje, são empresas conhecidas, que tem várias obras sendo executadas, inclusive aqui na região, e que tem o histórico de iniciar e terminar a obra”, explica Suzin.

Visita de embaixadora

No âmbito das obras de manutenção de pontilhões na rua João Mincatto, em Galópolis, que contam com o repasse de € 50.000 (cerca de R$ 330 mil reais) da Agência Eslovaca de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, o prefeito Adiló Didomenico afirmou que a embaixadora da Eslováquia no Brasil visitará Caxias do Sul para verificar as atividades.

Pontilhões em Galópolis | Foto: Ricardo Rech

A verba foi recebida por meio de uma parceria da prefeitura de Caxias do Sul com a embaixada do país no Brasil. Em visita à Brasília em novembro do ano passado, Adiló conversou com a embaixadora que, após compreender a situação de calamidade do município, realizou o repasse.

“Um dia eu recebo uma ligação da embaixadora, até achei que era trote. E ela saber aonde que nós precisávamos mais de ajuda, que ela não tinha muita coisa, mas o pouco que ela tinha economizado na embaixada, ela queria destinado pra nós”, relembra o prefeito.

Além disso, Adiló espera que o movimento da embaixadora eslovaca motive outros embaixadores a ajudarem locais afetadas pela catástrofe climática.

“Eu tenho quase certeza que nós levando ela a ver o que nós estamos fazendo, com a seriedade que o dinheiro está sendo usado, e a necessidade que nós temos, na reunião dos embaixadores ela é capaz de fazer alguns outros se coçar”.

Foto: Marina Tusset / Grupo RSCOM