Caxias do Sul

Prefeitura decreta uso racional de água em Caxias do Sul

Quem for flagrado desrespeitando às normas será multado

Foto: Mauro Teixeira / Grupo RSCOM
Foto: Mauro Teixeira / Grupo RSCOM

Por conta da forte estiagem na região, a Prefeitura de Caxias do Sul decretou nesta terça-feira (25), a racionalização de água na cidade. Conforme o Executivo, a situação dos mananciais do município exige atenção, caracterizada pela escassez de água, em decorrência da rara quantidade de chuva nos últimos meses, considerando que, pelas previsões meteorológicas, não há uma quantidade de chuva regular capaz de propiciar a recuperação dos níveis das represas.

Em medição realizada nesta segunda-feira (24), as represas caxienses apresentaram:

Maestra com -1,68m (menos um metro e sessenta e oito centímetros);

Faxinal com -2,14m (menos dois metros e quatorze centímetros);

Complexo Dal Bó, com -2,30m (menos dois metros e trinta centímetros);

Marrecas com -1,54m (menos um metro e cinquenta e quatro centímetros);

Samuara com – 0,23m (menos vinte e três centímetros).

De acordo com o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE), o racionamento de água é uma medida extrema, quando a capacidade dos mananciais não são suficientes para o abastecimento da população. Porém, considerando a estiagem prolongada na região, e, em especial o município de Caxias do Sul, o qual decretou Situação de Emergência como medida preventiva primária, foi decretado o uso racional de água, o qual consiste em priorizar a água para atividades essenciais humanas.

A situação atual recomenda a adoção do uso racional e restrito da água distribuída pelo Samae para fins estritamente essenciais, evitando o uso de água para lavagem de veículos, lavagem de calçadas, para irrigação de hortas e jardins, reposição e/ou substituição de água em piscinas e outras atividades consideradas não essenciais que possam resultar em prejuízos às necessidades básicas de consumo dos munícipes.

Conforme o diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti, a intenção não é punir, mas sim conscientizar as pessoas. “A situação dos mananciais do município exige cautela. As previsões meteorológicas não vislumbram chuvas regulares capazes de regularizar os níveis das represas. Por isso, optou-se por fazer esse decreto que visa educar e conscientizar quanto ao uso racional da água”, explica.

A utilização da água distribuída pelo SAMAE, enquanto vigorar o decreto, deverá ser, preferencialmente, para fins de preparação de alimentos e higiênicos. Fica proibido o uso da água distribuída pelo SAMAE em atividades consideradas não essenciais, que resultem em prejuízo às necessidades básicas de consumo dos munícipes.

Na primeira infração, o usuário será alertado e orientado. Em caso de reincidência, será aplicada uma multa no valor correspondente a 10 tarifas mínimas de água de cada categoria.

Estão proibidas as seguintes atividades:

I – lavagem de veículos automotores de qualquer espécie, equipamentos agrícolas, com o uso de água potável distribuída pela
rede pública;

II – irrigação de gramados, jardins, floreiras e hortas, pulverizadores agrícolas, bem como qualquer outra utilização de água
potável, que possa significar o uso não prioritário;

III – reposição, total ou parcial, ou substituição de água de piscinas instaladas em residências, condomínios e clubes;

IV – lavagem de calçadas ou passeios públicos de prédios comerciais, industriais, públicos e residenciais; e

V – outras atividades consideradas não essenciais que possam resultar em prejuízo às necessidades básicas de consumo de água potável no município.