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Prefeitos dividem tarefas para erguer ponte provisória entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis; ministro não participou do encontro

Objetivo é restabelecer o tráfego emergencialmente para atenuar perdas na saúde, turismo e comércio. Uma das alternativas citadas é viabilizar travessia com galerias ou contêineres no Rio Caí

Prefeitos dividem tarefas para erguer ponte provisória entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis; ministro não participou do encontro
Foto: Ícaro de Campos/divulgação

Cinco prefeitos estiveram reunidos, na manhã desta quarta-feira (24), para discutir soluções ao cancelamento das obras que instalariam uma ponte metálica provisória entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. O objetivo é atenuar perdas na saúde, turismo, comércio e outras áreas que demandam a infraestrutura logística até dezembro, prazo estipulado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para entrega da travessia definitiva por sobre o Rio Caí.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, estava confirmado para participar do encontro, via online, no entanto, não compareceu devido a outros compromissos. Estiveram presentes os chefes dos executivos municipais Adiló Didomenico (Caxias), Jorge Darlei Wolf (Nova Petrópolis), Nestor Tissot (Gramado), Junior Freiberger (Feliz) e Luciano Klein (Picada Café), além de empresários da região.

Foi deliberado que cada um dos gestores fique encarregado de uma frente para auxiliar no restabelecimento do tráfego. O prefeito caxiense informou que trabalhará para viabilizar uma travessia com galerias ou contêineres no Rio Caí próximo à ponte que foi implodida no fim de junho. Outras estradas do interior, que dão acesso à Região das Hortênsias, estão na lista de prioridades para receberem melhorias ou serem liberadas após danos causados pelas chuvas.

Fiquei encarregado da questão ambiental para fazermos uma travessia com galerias ou contêineres no Rio Caí, ao lado da ponte que foi implodida. Enquanto isso também vamos melhorar o trajeto de Santa Lúcia do Piaí a Linha Brasil, em Nova Petrópolis, que são 16 quilômetros de estrada de chão, e também melhorar a descida pela ponte do Raposo para estabelecer ligação com Gramado“, garantiu Adiló.

Um grupo de trabalho, formado por representantes das prefeituras e empresários, pretende tomar novas decisões sobre o assunto junto ao DNIT até segunda-feira (29), conforme Adiló Didomenico, que reforçou que “não podemos ficar esperando até o fim do ano a ponte definitiva ficar pronta“.

Os gestores ainda assinaram um documento que será entregue à Defensoria Pública Federal relatando a importância do tema.

Cancelamento das obras

O DNIT informou na sexta-feira passada (19) o cancelamento das obras para instalação de uma ponte metálica provisória entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis por sobre o Rio Caí. Os trabalhos foram paralisados há pouco mais de um mês: nos dias 16 e 17 de junho, o aterro em rocha que vinha sendo erguido para sustentar a travessia foi destruído por um temporal.

A estrutura serviria de alternativa enquanto uma ponte definitiva é construída na BR-116, no km 174. A passagem original teve um dos pilares comprometido pelas chuvas no dia 12 de maio, impossibilitando o tráfego de veículos.

De acordo com nota, enviada à reportagem pelo DNIT, a viabilização da ponte metálica temporária demanda a execução de grandes aterros em rocha, as chamadas cabeceiras, para reduzir a extensão a ser vencida pela estrutura, que possui 50 metros, enquanto o vão total é de 90 metros. A autarquia justifica que a robustez da obra, entre outros aspectos técnicos necessários para as cabeceiras resistirem a futuras cheias do rio, exige prazos longos de execução.

A finalização da ponte definitiva é projetada, agora, para dezembro deste ano. O anteprojeto indica que a travessia terá 180 metros de extensão e 13 de largura, além de ser 1,2 metro mais alta que a anterior. O custo total é de R$ 31 milhões.

Para chegar à Nova Petrópolis e Região das Hortênsias, a partir de Caxias do Sul, o DNIT recomenda o uso da Ponte do Bananal, no município de Vale Real, em conjunto com a passadeira flutuante para pedestres, implantada pelo Exército para travessia do Rio Caí.