A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em ação movida pelos promotores de Justiça Luiz Antonio Barbará Dias e Vitassir Ferrareze, a Justiça Eleitoral de Uruguaiana determinou a cassação dos mandatos do prefeito e do vice-prefeito do município por captação e gastos ilícitos de recursos para fins eleitorais.
As investigações do MPRS apontam um esquema de desvio de recursos públicos em contrato de limpeza urbana firmado entre a Prefeitura de Uruguaiana e uma empresa sediada em Santa Catarina, que presta serviços desde 2017 ao município. A empresa promovia a contratação de empregados “fantasmas”, “inflando” os valores recebidos pelo contrato e repassando parte deste valor indevido para o financiamento da campanha eleitoral dos agentes públicos.
As informações foram compartilhadas com autorização judicial pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Santa Catarina a partir de operação que apurou indícios de lavagem de dinheiro e financiamento de “caixa dois” para a obtenção de contratos públicos, sem a devida prestação do serviço em Santa Catarina.