Caxias do Sul

Prefeito Daniel Guerra conquista votos e impeachment é cada vez mais improvável

Cenário parece mais favorável ao prefeito neste momento (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)
Cenário parece mais favorável ao prefeito neste momento (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)

O processo de impeachment que corre na Câmara de Vereadores não deve culminar na cassação do mandato do prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra. Nesta terça-feira, o PCdoB emitiu uma nota na qual se posiciona contra o processo e, com isso, o vereador da sigla, Renato Oliveira, se junta a Renato Nunes (PR), Chico Guerra (PRB), Neri, o Carteiro (SD) e Arlindo Bandeira (PP) como votos favoráveis ao prefeito. A sessão de julgamento ainda não tem data para ocorrer, já que só será convocada após o fim das oitivas.

Cenário parece mais favorável ao prefeito neste momento (Foto: Ricardo de Souza/Grupo RSCOM)

O rito adotado pela Câmara de Vereadores prevê que a denúncia precisa de 2/3 dos votos na câmara para que o impeachment seja efetivado. Isso significa que 16 dos 23 vereadores precisam votar contra o prefeito. Da mesma forma, Daniel Guerra precisa de oito votos ou abstenções para se salvar no processo. Com o voto de Renato Oliveira (PCdoB), o cálculo que se faz é que Guerra já tem cinco votos, já que somam-se a ele os quatro votos contra o acolhimento da denúncia. Como a tendência é de que a bancada do PT vote contra a denúncia, o prefeito já teria sete votos contrários à denúncia.

Os vereadores Kiko Girard (PSD) e Paula Ioris (PSDB) são vistos como principais candidatos a salvar Daniel Guerra. Ambos estiveram no depoimento das primeiras testemunhas da defesa, que ocorreram na tarde desta terça-feira, dia 7. Kiko, inclusive, teve uma longa conversa com o advogado de defesa do prefeito Daniel Guerra, Heron Fagundes.

De outro lado, os votos dos vereadores que fazem uma oposição mais forte ao prefeito, por enquanto, tendem a ser pela cassação do mandato de Daniel Guerra. Fazem parte deste grupo os vereadores do Rafael Bueno (PDT), Velocino Uez (PDT), Gustavo Toigo (PDT), Edson da Rosa (PMDB), Gladis Frizzo (PMDB), Paulo Périco (PMDB) e Elói Frizzo (PSB). Os demais parlamentares, apesar de também pertencerem a partidos de oposição, ainda se mostram mais suscetíveis a mudar o voto ao longo do processo.