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Prédio de 24 andares desaba após pegar fogo em São Paulo

Prédio de 24 andares desaba após pegar fogo em São Paulo

O Corpo de Bombeiros segue fazendo o rescaldo dos escombros de um edifício de 24 andares que desabou, depois de pegar fogo na madrugada desta terça-feira, dia 1º de maio no centro de São Paulo. O prédio comercial situado no Largo do Paysandu era ocupado irregularmente por cerca de 90 famílias. Até o momento, os bombeiros confirmam a morte de uma pessoa, que estava sendo resgatada no momento do desabamento, mas não descarta a possibilidade de haver mais vítimas.

Um prédio vizinho também foi atingido pelas chamas e foi evacuado. Apesar de apresentar rachaduras em sua lateral, o edifício não corre risco de desabamento. Parte do teto da igreja Luterana, a primeira em estilo neogótica na capital, desabou e que também tinha órgão de tubos alemão e vitrais da mesma oficina do Teatro Municipal.

Após controlar incêndio, bombeiros fazem rescaldo no prédio (Foto: Rovena Rosa, Agência Brasil/especial)

O fogo começou por volta das 1h30 no 5º andar, espalhando-se rapidamente até o desabamento do prédio, que ocorreu por volta das 3 horas. O local abrigava a antiga sede da Superintedência da Polícia Federal em São Paulo, localizada na avenida Rio Branco, na região do Largo do Paissandu.

O Corpo de Bombeiros atendeu ao chamado pouco depois do início do incêndio. As equipes de resgate, com mais de 160 bombeiros e 57 viaturas, Defesa Civil, Polícia Militar e equipes do Samu, iniciaram os trabalhos de resgate no início da manhã, sendo confirmado até o momento, a morte de uma pessoa que tentava ser socorrida no momento do desabamento do prédio.

A Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo informou que havia 92 famílias cadastradas no prédio, totalizando 248 pessoas. As vítimas serão encaminhadas a um centro de acolhimento. Segundo os bombeiros, são mais de 160 homens trabalhando no combate às chamas e 57 viaturas estão no local. Um helicóptero também ajuda na ocorrência. Equipes do Samu, da Defesa Civil, da Companhia de Engenharia de Tráfego e da Polícia Militar trabalham no local.

A Prefeitura de São Paulo estimou em uma semana o trabalho de retirada dos escombros. Três quarteirões na região central de São Paulo estão interditadas para os trabalhos. Cães farejadores estão no local para busca por possíveis vítimas.

O edifício Wilton Paes de Almeida, um prédio de 24 andares e dois patamares de sobreloja, com 11 mil metros quadrados que foi sede histórica da Polícia Federal na capital paulista durante 20 anos, estava em avançado processo de degradação. As salas, que antes eram departamentos da PF, se tornaram moradias separadas por madeira. A fachada tinha várias vidraças quebradas, com luz e água foram cortadas.

O comando do Corpo de Bombeiros divulgou que o estado precário da estrutura do prédio, como a retirada dos elevadores contribuíram para a propagação do incêndio, já que o fosso livre serviu como uma chaminé para o material inflável, como papelão e botijão de gás presentes nas moradias.