Agro Rural

Preço, expectativas e dificuldades: confira como foi o 33º Encontro dos Produtores de Alho em São Marcos

Nesta safra o cultivo deve ficar em torno de 150 hectares, conforme estimativas da Emater, que calcula uma produtividade média de aproximadamente 8 toneladas por hectare

Fotos: Wellington Frizon / Grupo RSCOM
Fotos: Wellington Frizon / Grupo RSCOM

Ocorreu na tarde desta sexta-feira (5), em São Marcos, o 33° Encontro Nacional dos Produtores de Alho. O evento iniciou ás 13h, no salão Paroquial. O tema desta edição foram os desafios, o mercado e a inovação da cultura, que conta com mais de 18 mil hectares de área plantada e uma produção anual de 200 milhões de quilos. O município de São Marcos foi escolhido para sediar este encontro, sendo o segundo maior produtor de alho do RS, perdendo apenas para Ipê.

Os agricultores se preparam para dar início a colheita neste mês de novembro, sendo que este ano não deve passar de 1,5 mil toneladas devido a falta de novas terras, pois a área plantada diminuiu na cidade. Nesta safra o cultivo deve ficar em torno de 150 hectares, conforme estimativas da Emater, que calcula uma produtividade média de aproximadamente 8 toneladas por hectare.

O vice-presidente da Anapa e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, Olir Schiavenin, ressaltou sua positividade para a safra deste ano. “A expectativa é de nós colhermos uma das melhores safras de toda história. O alho está muito bonito, parelho, tem padrão e isso nos faz crer que teremos um bom preço e que o produtor será recompensado pelo seu trabalho e pelo seu investimento. Tem tudo para termos uma das melhores safras. Tanto em termos de qualidade como de preço“.

Schiavenin também destacou a estimativa para o preço do alho deste ano, além de ressaltar possíveis dificuldades para o agricultor nesta safra. “Conforme dados apresentados pelo pesquisador da EPAGRI, Marco Antônio Lucini, a tendência desse ano é de termos um preço médio, que chegue até R$ 6,00 acima do número. Se o importador conseguir liminar, ele não vai pagar está taxa, sendo que se ele não pagar, ele terá dificuldades de competir no mercado do alho nacional“.

O cronograma do evento foi realizado de forma híbrida com participação presencial e online, inclusive com transmissão em libras e contou com palestra do engenheiro agrônomo e pós-doutor em Fitopatologia, Leandro Luiz Marcuzzo, que falou sobre o tema Queima bacteriana do alho. A bacharel em Agronomia, Rafaela Meneguzzo, abordou sobre a Direção do Plantio e o engenheiro agrônomo e pesquisador Marco Antônio Lucini destacou sobre As Práticas e Noções do Mercado. O encerramento foi com o presidente da Anapa, Rafael Corsino, que abordou sobre o atual mercado, as novas tecnologias e o custo da produção.

Fotos: Wellington Frizon / Grupo RSCOM