O preço médio da gasolina subiu para R$ 5,88 nos postos do Brasil e atingiu seu maior patamar em mais de um ano. É o que diz o levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) referente à semana de 20 a 26 de agosto. A elevação foi de 4,07%, na comparação com os R$ 5,65 registrado na semana anterior.
O valor fica abaixo somente do preço médio encontrado pela agência em julho do ano passado (R$ 5,89). O maior valor encontrado foi de R$ 7,62. Quem também registrou alta foi o diesel. Segundo a ANP, o combustível subiu 10% e é vendido por R$ 5,93, em média. O valor está bem acima do preço divulgado na semana passada pela ANP (R$ 5,38). Além disso, o preço ultrapassou os R$ 7,00 em 11 Estados e chegou a R$ 8,00.
A alta da gasolina e do diesel já é um reflexo do reajuste da Petrobras, que entrou em vigor no dia 16 de agosto nas refinarias. A medida deve impactar a inflação. Na última semana, a ANP também registrou uma elevação no valor do etanol. A alta foi de 1,39% na última semana. O combustível foi comercializado, em média, por R$ 3,66. Na semana anterior, o etanol foi vendido nos postos por R$ 3,61. O maior valor encontrado pela ANP foi de R$ 6,37.
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Petrobras reconhece defasagem no preço de combustíveis e culpa cenário econômico incerto
Nesta segunda-feira (31), a Petrobras emitiu um comunicado ao mercado se posicionando sobre a elevação da defasagem dos preços dos combustíveis. Segundo a companha, o alto nível de incerteza em relação à recuperação da economia global eleva a demanda por energia, o que gerou um aumento generalizado dos preços de referência e da volatilidade. gasolina
Mais cedo no mesmo dia, o petróleo Brent chegou ao valor de US$ 85 por barril. Nos últimos meses, países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderados pela Arábia Saudita, tem realizado corte na produção de petróleo para impulsionar os preços da commoditie, que foram prejudicados pela incerteza em relação à economia global. Neste ano, a Petrobras abandonou a política de preços de paridade de importação, o que fez com que a venda do combustível brasileiro fosse cotado abaixo da referência. Em seu posicionamento, a petroleira afirmou que “tem observado com atenção os desdobramentos do mercado internacional de petróleo e seu impacto sobre o mercado brasileiro”, mas não indicou que fará ajustes na precificação.
“A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes. Conforme divulgado em 16 de maio de 2023, a Estratégia Comercial de diesel e gasolina permite à Petrobras competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável. Os reajustes continuam sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, defendeu a empresa.
O comunicado reitera que reajustes continuam sendo realizados sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio. “Destaca-se que o momento é de grande incerteza quanto à recuperação da economia global, influenciando diretamente a demanda por energia, e quanto à oferta de petróleo e de combustíveis, de uma maneira geral. Essa combinação, no curtíssimo prazo, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil.
Nesse contexto, a Petrobras observa com atenção os desdobramentos dos fundamentos do mercado global, assim como seu impacto no Brasil. Eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes”, afirmou a estatal.