Qual será o futuro de Caxias do Sul? Como será a cidade daqui 20 anos? As respostas para essas perguntas só serão respondidas com o tempo, mas a discussão sobre os rumos e planejamento do município são atuais e urgentes para a progresso da região.
Com esse horizonte em vista a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), em parceria com o Sinduscon promoveram nesta terça-feira, dia 13, o evento “O Futuro da Minha Cidade”, para pensar e planejar como será a Caxias do Sul do amanhã.
Os palestrantes convidados foram a arquiteta urbanista, Laura Sobral e o engenheiro e político, Sílvio Barros, que fizeram provocações à plateia sobre as condições atuais da cidade e projetaram as possibilidades de crescimento e desenvolvimento do município.
Para Laura Sobral uma das alternativas é a ocupação dos espaços públicos pela população. Ela explica que quando a sociedade se empodera de certos locais eles se tornam mais seguros e mais agradáveis atendendo anseios que muitas vezes o poder público não é capaz de diagnosticar e concretizar.
Mas para que os resultados sejam alcançados é necessário planejamento, e nesse sentido o Sílvio Barros apresentou o “Case de Maringá”, cidade da qual ele foi prefeito em duas legislaturas e obteve ótimos resultados em indicadores sociais importantes com a participação popular.
Ele explicou que a união de esforços da sociedade civil organizada foram fundamentais para que as entidades locais criassem um projeto e traçassem metas para o futuro do município sem sofrer com o “descontinuidade política” que ocorre a cada troca de governo. Tudo isso com um fator determinante é a própria população traçando seu futuro.
“Que tipo de cidade nós gostaríamos que Maringá fosse? Afinal de contas, a gente vai ser refém de um futuro que não temos nenhum tipo de controle, ou protagonistas desse futuro. A partir disso a sociedade tomou a decisão de que se alguém precisava projetar a cidade a longo prazo e proteger esse projeto contra a descontinuidade política era a própria sociedade”, destaca.
O presidente do Sinduscon de Caxias do Sul, Oliver Chies Viezzer comemorou a iniciativa e afirmou que é preciso arregaçar as mangas e trabalhar para alterar a situação e garantir um futuro promissor.
“Nossa diretoria comprou essa ideia de fazer acontecer, não apenas reclamar, mas participar ativamente e ser protagonista dessa retomada”, revela.
Ao final do encontro os interessados em auxiliar no projeto da “Caxias do amanhã” preencheram uma planilha para que possam se reunir futuramente e tentar repetir os feitos de Maringá.