O empresário Marcelo Marques anunciou a compra dos direitos de gestão da Arena, nesta sexta-feira (11). O candidato à presidência do Grêmio, no pleito deste ano, informou que entrará em contato com o atual dirigente, Alberto Guerra, para definir os próximos passos. Segundo Marques, não há mais possibilidade de desistência por parte da Arena Porto-Alegrense e Reeve.
“Com muito carinho e respeito ao Grêmio anuncio que acabamos de assinar a compra dos créditos da Reeve e a compra dos direitos de gestão da Arena Porto-Alegrense. Como toda negociação desse porte, existe um passo a passo para ser seguido até que o imóvel Arena e sua gestão sejam transferidos ao Grêmio”, destacou.
Construída pela construtora OAS com financiamento incentivado por benefícios federais e estaduais, a Arena teve parte da dívida assumida pelo Grêmio. O clube comprou os débitos junto ao Banrisul e ao fundo Revee, considerado um fundo abutre, que havia adquirido créditos do Santander e Banco do Brasil.
Um documento oficial da Reeve ao mercado confirma detalhes do acerto e valores da transação. No total, serão cerca de R$ 120 milhões investidos por Marques.
A polêmica envolvendo a gestão do estádio ocorre desde antes da sua inauguração, em 2012. O modelo de contrato foi renegociado pelo ex-presidente Fábio Koff, mas ainda existiam choques do clube e da gestora. Neste ano, a situação escalou, com o Grêmio abertamente criticando condições do gramado e tratamento da torcida no acesso ao campo.
A partir de dezembro de 2024, o Grêmio passou a compensar o pagamento de aproximadamente R$ 2 milhões que realizava mensalmente para a gestora da Arena, o que alterou significativamente a dinâmica da relação entre as partes.
O Grêmio tem utilizado o valor mensal de R$ 2 milhões, referente à migração de sócios do Olímpico, como forma de compensar os créditos devidos. O montante original, de R$ 130 milhões, é corrigido pela taxa SELIC acrescida de 1% ao mês.
*Com informações de Correio do Povo