A polícia encontrou o criminoso e logo depois o corpo da menina Nayara. Foi o desfecho ruim que fez com que perdêssemos ainda um pouco mais nossa fé em dias melhores.
Foram 12 dias de sofrimento, não apenas da família, mas de todas as pessoas que sabiam do sumiço da pequena estudante. Houve uma cobrança intensa, a sociedade não deu sossego e parece que a própria polícia não queria desistir de encontrar a Nayara.
Tiraram a vida da menininha, vilipendiaram o corpo frágil da inocente Nayara e a gente se dá conta que cada vez menos há espaço para a inocência. Mas se uma criança de sete anos não pode ter a inocência e a paz para se dirigir à escola, que mundo é este? Como vamos saber se nossos filhos e filhas estão seguros? Nossa fé está abalada mesmo. As meninas, as mulheres, as irmãs e primas, nenhuma delas está em segurança. Não se pode deixá-las caminhar por uma quadra sequer.
É cedo pra dizer, mas tudo leva a crer que o autor deste crime inominável seja um demente ou psicopata. Só assim para levar uma vida normal enquanto fazia atrocidades. Ele violentou e matou uma menina indefesa. Aliás, já havia violentado ao menos mais uma vítima, sabe-se lá quantas mais.
Nove entre dez pessoas desejam que ele tenha o pior dos fins. É de se entender. Como já disse, ele não afrontou apenas a pobre Nayara, que já nem vivia com a mãe. Afrontou ao instituto da família, da dignidade humana. Infligiu dor e sofrimento e não teve sequer o instinto humano e o princípio cristão de respeitar a vida. Matou a sangue frio quem não tinha a menor chance de defesa
Disso tudo sobra só um consolo: o de que a polícia de Caxias foi eficiente em cumprir com êxito sua missão de investigar e chegar logo à autoria de tão hediondo crime que vinha tirando o sono de tantos. Agora resta o pesadelo da verdade. A sociedade espera celeridade do poder Judiciário e, lógico, a mais dura pena possível.