Caxias do Sul

Posto Médico Legal de Caxias realiza mais de seis mil exames periciais em 2017

Número de necropsias por homicídio também é elevado (Foto: Maicon Rech)
Número de necropsias por homicídio também é elevado (Foto: Maicon Rech)

Mesmo com a diminuição de pessoal e aumento da demanda de outras cidades, o Posto Médico Legal (PML) fixado em Caxias do Sul realizou 6.079 exames. O resultado apresenta aumento de 11% em relação a 2016. O PML atende, além de Caxias, outros nove municípios da região: Farroupilha, Flores da Cunha, Antônio Prado, São Vendelino, Feliz, Alto Feliz, André da Rocha, São Marcos, Ipê. As cidades de Bento Gonçalves (região) e Vacaria, por falta de servidores, recebem apoio do PML caxiense.

Número de necropsias por homicídio também é elevado (Foto: Maicon Rech)

O atendimento de indivíduos presos, que obrigatoriamente precisam passar por avaliação antes de entrarem nas casas prisionais, foi o tipo de exame de maior demanda do instituto: 2.214. Logo após, as análises de lesão corporal (1.366) e violência doméstica (640) demandaram os esforços das esquipes do departamento.

O coordenador Regional de Perícias no Interior, Airton Kraemer, lamenta o fato do quadro de servidores não ser o necessário. Porém, se mostra aliviado pela equipe ter conseguido dar boa resposta nos casos mais graves.

“Tivemos aumento da demanda de atendimentos periciais em toda região e o quadro não temos aporte de pessoal. Temos trabalhado com 1/3 do efetivo que seria necessário para atender adequadamente todas as demandas. Por um lado a gente vê com preocupação. Ter a demanda crescente e não ter a reposição de servidores. Por outro lado, um alívio. Mesmo com toda essa deficiência, a gente tem conseguido atender, mesmo que não 100% de forma satisfatória, os casos mais graves temos dado uma boa resposta para a Polícia Civil e comunidade como um todo”, salienta.

Para Kraemer, o número elevado de exames em presos é um retrabalho.

“É o famoso retrabalho. Muitos destes casos são presos que são detidos reiteradas vezes. Em função da legislação eles são soltos. A polícia vai, prende novamente e eles tem que fazer exame. Temos casos de indivíduos que fizeram seis exames de lesão por conta das diversas prisões. Embora o número seja elevado, muitos são feitos nos mesmos que deveriam ficar presos, mas não ficam”, completa.