Caxias do Sul

"Políticas diferentes que buscam o mesmo objetivo, vamos poder descobrir qual chega melhor nele", afirma economista sobre a diferença de ideologias entre Brasil e Argentina

O economista e comentarista político e econômico da Jovem Pan, Gustavo Segré foi o palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul nesta segunda-feira

"Políticas diferentes que buscam o mesmo objetivo, vamos poder descobrir qual chega melhor nele", afirma economista sobre a diferença de ideologias entre Brasil e Argentina
Foto: Júlio Soares/ Objetiva


O economista e comentarista político e econômico da Jovem Pan, Gustavo Segré foi o palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul nesta segunda-feira (27). Com o tema “Visão política e econômica: Brasil, Argentina e Mercosul”, Segré falou para um auditório lotado, que interagiu com o palestrante e viu no final o convidado cantar o tango argentino “por una cabeza”.

Por cerca de uma hora, o economista abordou a política econômica do Brasil e do país vizinho. Também recordou que foi durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que houve a adoção de uma política de Estado e não de governo no Brasil. Nesse sentido, citou o tripé econômico com superávit fiscal, meta por inflação e liberdade cambial. De acordo com ele, política essa seguida pelas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), mas não por Dima Rousseff (2011-2016).

Com a eleição de Javier Milei, o palestrante observou que Brasil e Argentina estão com ideologias antagônicas, o que, de acordo com ele, é considerado algo bom, pois o resultado de um impacta no outro. Acrescentou que será um jogo interessante “com políticas diferentes que buscam o mesmo objetivo, mas vamos poder descobrir qual chega melhor nele”, explicou.

Lembrou que Milei aponta para um caminho diferente com a diminuição do Estado, superávit fiscal e melhora nas questões sociais, mas sem assistencialismo barato. Também afirmou que não será uma relação de afastamento com o Brasil e projetou equilíbrio na balança comercial, hoje superavitária para os brasileiros.

Por fim, analisando o mapa político da América Latina, apontou uma tendência de direita e esquerda mais ao centro, não tão antagônicas, com aparecimento de pessoas fora da política, buscando renovar o ambiente.