A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri apresentou, na terça-feira (27), denúncia contra o policial militar Ângelo Copolla Junior pelo homicídio duplamente qualificado de Lucas Soares Silva, no dia 24 de março de 2018, no Condomínio Princesa Isabel, em Porto Alegre.
Conforme o Ministério Público, o homicídio foi praticado de forma que impossibilitou a defesa da vítima, pois o policial atirou contra a vítima mesmo após ela já estar rendida, desarmada e deitada no chão.
Ainda segundo a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, já que, contrariando a atribuição de defesa da lei e da ordem própria da função como policial militar, o denunciado deixou se dominar por um sentimento pessoal de ódio a partir da presunção quanto ao envolvimento da vítima com a criminalidade.
Execução
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No 24 de março de 2018, por volta das 19h, uma fruteira foi alvo de um assalto realizado por três homens armados que levaram dinheiro, pacotes de cigarros, fardos de cerveja, caixas de chocolates, documentos e dois celulares. O sinal de rastreamento do GPS de um dos celulares foi difundido via rádio pela Brigada Militar e a unidade em que estava o PM denunciado e outros três policiais se deslocou para o interior do Condomínio Princesa Isabel.
Ao chegarem ao local, o policial denunciado ficou junto à viatura, do lado de fora, enquanto os outros três ingressaram no condomínio. Ele, então, viu Lucas Soares Silva correndo e o ordenou que parasse e se rendesse. Lucas obedeceu à ordem e deitou-se em com a barriga para cima. Mesmo depois do acusado se certificar que a vítima estava desarmada e com as mãos para cima, atirou cinco vezes contra ele com uma submetralhadora.
Testemunhas afirmaram que o PM teria dito, após os disparos, que Lucas “era um vagabundo e que não gostava de ninguém do Condomínio”. A vítima foi colocada na viatura e removida pelos demais PMs para atendimento hospitalar, onde foi constatada a morte.
