O governo do Rio Grande do Sul afirmou, em nota, que a Brigada Militar está apurando internamente casos de oficiais que compartilharam publicações nas redes sociais alusivas às manifestações marcadas para o 7 de setembro. Disse ainda que, caso haja presença de policiais nos atos, a corporação deve apurar as condições em que se dá essa participação e pode, se necessário, abrir sindicância para apurar as condutas”.
No sábado, o site O GLOBO mostrou que a Brigada Militar defendeu que todo policial, “assim como qualquer cidadão, tem pleno direito de professar a sua ideologia, desde que isso não extrapole para sua atuação profissional”. A nota emitida dizia também que o governo do estado tem plena confiança no compromisso de todos os policiais militares com seu regramento de hierarquia e disciplina, que está na base da instituição.
A nota do governo do RS lembra ainda que a presença de policiais militares fardados em atos políticos e/ou partidários é vedada por legislação federal. E que a Brigada Militar identificou casos isolados de oficiais que compartilharam, em suas redes sociais, mensagens alusivas aos protestos.
A preocupação dos governos com a presença de policiais militares nas manifestações veio a público na semana passada após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), exonerar um comandante da Polícia Militar, o coronel Aleksander Lacerda. Nas redes sociais, o oficial atacava o Supremo Tribunal Federal (STF) e convocava para os atos da próxima terça-feira. A mobilização de policiais pela internet também acendeu o alerta de ministérios públicos pelo Brasil, que abriram investigações para apurar a ida de agentes de segurança às ruas no dia 7.
Fonte: Site Último Segundo