Um caso de sequestro tem mobilizado a Polícia Civil de Sapucaia do Sul desde o último domingo (20). Na data, por volta das 20h, Leomar Machado, 54 anos, foi levado de dentro de casa, na Vila Feliz, por três homens. O rapto, segundo a polícia, foi presenciado por uma criança de 11 anos, enteada de Machado.
Os suspeitos fugiram do local em um carro, cujo modelo e as placas ainda são desconhecidos dos investigadores, sem levar nada e sem agredir a menina. Na madrugada da terça-feira (22), um fato novo se juntou ao andamento do caso. A residência da vítima foi completamente destruída por um incêndio.
De acordo com o delegado titular da 1ª Delegaia de Polícia sapucaiense, Gabriel Borges há, pelo menos três linhas de investigação sendo trabalhadas. Uma delas é uma possível represália de traficantes que atuam naquela região. “Horas antes de a vítima ser raptada, a Brigada Militar havia perdido um suspeito na vizinhança e a partir dessa prisão, efetuou a apreensão de mais de 145 quilos de maconha, na cidade de Taquara. Acreditamos que os criminosos possam ter pensado que ele possa ter denunciado algo à polícia“, comenta o delegado.
Outras hipóteses, segundo Borges, também são avaliadas. “Ele era líder de um movimento que tentava regularizar os terrenos naquela área. Fato que já teria ocasionado, no início do ano, uma tentativa de homicídio, registrada no mesmo local do sequestro, mas cuja vítima foi outra pessoa. O terreno onde Machado mora é muito visado por traficantes, uma vez que dá acesso a BR-116. Por isso , não descartamos a possibilidade de o crime estar envolvido com essa disputa por terras“, pontua. “Não descartamos, mas trabalhamos muito pouco, ainda, com a hipótese de crime patrimonial, já que nada foi levado do local”, esclarece.
De acordo com o delegado, o celular de Machado foi apreendido e deverá ter as mensagens analisadas. E nesta terça-feira (22) o Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi acionado para realizar perícia na casa incendiada. Informações que possam auxiliar a polícia na elucidação do caso ou na identificação de suspeitos podem ser repassadas pelo telefone 9.8459-0259 por meio de mensagens no WhatsApp.
Conforme o delegado, até a manhã de terça-feira nenhum contato havia sido feito exigindo valores para a libertação de Machado. Nas redes sociais, familiares clamam por notícias que possam levar ao paradeiro dele. “Ele sempre foi um apessoa muito boa de coração, sempre ajudou todo mundo. Daquela pessoas que se precisar, tira a roupa do próprio corpo para dar ao outro“, conta a irmã de Machado, Cátia Rohers.
Fonte: Jornal VS