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Polícia Federal inicia buscas contra Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

Operação Placebo iniciou nesta terça-feira

Foto: Reprodução / TV Globo
Foto: Reprodução / TV Globo

Iniciou na manhã desta terça-feira (26), a operação da Polícia Federal que investiga possíveis irregularidades cometidas pelo Governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, relacionadas a desvios de verbas públicas de hospitais de campanha do Rio de Janeiro.

Na operação denominada “Placebo”, são 12 mandados de busca e apreensão, um deles no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador.

Por volta das 8h40min desta terça, agentes da Polícia Federal saíram do Palácio com um malote cheio de documentos, que podem ser provas contra o governador.

Parte da equipe da PF também realizou buscas na antiga residência de Witzel, localizada no Grajaú. Também foram feitas buscas no escritório de advocacia do governador.

Witzel e sua esposa tiveram mandados de busca e apreensão autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça. O Governo do Rio de Janeiro ainda não se manifestou de forma oficial sobre a operação. A Lava Jato já enviou citações ao governador Wilson Witzel para a Procuradoria Geral da República.

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, parabenizou a Polícia Federal pela operação.

Outros integrantes do Governo Witzel também são alvos da operação

O ex-subsecretário de saúde do Governo Witzel, Gabriel Neves, que foi preso na operação Mercadores do Caos e o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), organização social (OS) contratada pelo governo do RJ para a construção de sete hospitais de campanha no estado também são investigados.

A PF foi até o Leblon onde fica a casa de Gabriel e nos escritórios da laba tanto no Rio de Janeiro, quanto em São Paulo.

Atrasos e suspeitas

O Rio de Janeiro destinou um orçamento total de R$ 1 bilhão no combate ao Covid-19. Foi apurado em investigações que maior parte deste valor, cerca de R$ 836 milhões, foi destinado ao labas, sem licitação para hospitais de campanha.

Sete unidades de hospitais de campanha foram prometidas em pleno funcionamento até o último dia 30, sendo uma delas no Maracanã, mas nenhuma estrutura foi entregue.

Do total de R$ 836 milhões, o estado já havia antecipado R$ 256 milhões, divididos em três levas: uma parcela de R$ 68 milhões, outra de R$ 60 milhões e outra parcela de R$ 128,5 milhões, mas sem especificar para onde essas quantias seriam destinadas.