Em coletiva de imprensa no Palácio da Polícia Civil nesta manhã de terça-feira (26), delegados envolvidos no caso Rafael Mateus Winques, de 11 anos, encontrado morto dentro de uma caixa de papelão em Planalto, Norte do RS, prestaram mais esclarecimentos. O menino esteve desaparecido por 10 dias, e o desfecho da ocorrência foi trágico na noite de segunda-feira (25).
De acordo com o delegado diretor do Departamento de Polícia do Interior, Joerberth Nunes, a mulher, identificada como Alexandra Dougokenski, confessou o crime e indicou aos policiais o local onde havia ocultado o cadáver. O corpo do menino estava em uma caixa, na garagem de uma residência perto de onde morava com a mãe e o irmão, de 16 anos. O imóvel pertence a uma família que não estava no local.
Entre tantas investigações e apurações, a Polícia Civil não dá o caso por encerrado. Os agentes ainda investigam se houve a participação de uma terceira pessoa. O namorado de Alexandra não estava em casa no dia do desaparecimento, e isso foi comprovado, de acordo com a polícia. O certo é que, segundo Nunes, a tese de homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar, está completamente descartada. O delegado ainda comparou a morte de Rafael com o caso Bernardo Boldrini, pela idade de ambos e pela maneira de usar medicação por conta da agitação da criança e ocultação.
“Ela começou a chorar e imediatamente confessou o fato. Mas logo após voltou a seu estado de tranquilidade”, disse, em entrevista, o delegado Joerberth sobre confissão de Alexandra.
Ainda conforme a Polícia Civil, a mãe teria ministrado dois comprimidos de um calmante para Rafael. Ao acordar, o teria encontrado morto. Porém, não soube responder com clareza o questionamento policial se o menino não poderia estar “apenas desfalecido, desmaiado”. Isso ainda será investigado. O celular da criança está sendo periciado.
Com a prisão temporária decretada pela Justiça, a mulher segue no sistema penitenciário até o fechamento do inquérito, onde pode haver o pedido pela prisão preventiva.