Brasil

Polícia confirma mais de 1.500 prisões de manifestantes acampados em Brasília

Na manhã desta segunda-feira (9) diversos acampamentos em frente aos Quartéis do Exército foram desfeitos em todos os estados brasileiros

Polícia confirma mais de 1.500 prisões de manifestantes acampados em Brasília
Foto: Eduardo Gonçalves

Manifestantes que foram retirados do acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília (DF), na manhã desta segunda-feira (9), foram levados para a Polícia Federal. Segundo o Ministério da Justiça, já foram mais de 1.500 presos. A operação foi feita pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal e pela Polícia do Exército. Foram usados carros blindados, polícia montada e grande contingente para cercar os manifestantes.

Um comboio com 40 ônibus deixou o setor militar em direção ao local, distante cerca de 9 km, para averiguação e triagem. O prazo de 24 horas para prisões em flagrante ainda está vigente.  A expectativa é que o número de prisões aumente ao longo do dia com o restante da desocupação.

Os  detidos após os ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo (8) também estão sendo encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda (homens) e para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (mulheres). Em nota, a Polícia Civil (PCDF) confirma que somente no domingo (8) no momento das invasões foram detidas pelo menos 300 pessoas.

 

A saída dos manifestantes do acampamento foi pacífica.

A medida aconteceu depois de ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na madrugada desta segunda (9), Moraes intimou os governadores de todos os estados a dissolverem os acampamentos de apoiadores de Jair Bolsonaro que ainda estão nas portas de quartéis-generais, e mobilizarem todas as forças de segurança (estaduais e federais) desobstruírem as vias públicas em um prazo de 24 horas.

O ministro pediu, ainda, a identificação e punição de todos os envolvidos nos atos em um prazo de 48 horas. Para isso, ele solicita que a Polícia Federal e estabelecimentos privados, como hotéis da região, disponibilizem imagens de câmeras de segurança para que seja feito reconhecimento facial de participantes dos atos.

A decisão de Moraes é a mesma que ordenou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo prazo de 90 dias após as cenas de vandalismo e a suposta omissão das forças policiais em conterem o ato terrorista.

Fonte: Jornal O Tempo e  Jornal Extra