Garibaldi

Polícia Civil encerra investigações de caso de feminicídio em Garibaldi

Ederson da Costa foi indiciado como o autor do feminicídio de sua ex-companheira

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Foto: Arquivo Leouve


A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso de feminicídio ocorrido em 21 de janeiro na rua Nova Portela, bairro São José, em Garibaldi. Segundo o laudo encaminhado ao Ministério Público o autor do homicídio de Claudete Mausolf, 24 anos, foi o seu ex-companheiro, Ederson Hensel da Costa. O criminoso foi indiciado por feminicídio triplamente qualificado.

Conforme o delegado Marcelo Ferrugem, que responde interinamente pela Delegacia de Polícia (DP) de Garibaldi o crime foi cometido na casa onde Claudete morava, enquanto ela dormia. “A vítima havia pedido a separação e o autor do feminicídio havia aceitado. Ele teria passado a noite na casa da mulher e, por volta da meia-noite cometeu o crime”, explica do delegado.

Ferrugem relata que os meios utilizados para cometer o homicídio e também todo o contexto do crime são extremamente cruéis. “A filha do casal (de 5 anos) estava dormindo ao lado da mãe. O homem então leva a criança para outro cômodo. Ele pega uma marreta de pedreiro e desfere dois golpes contra a cabeça da vítima. Ao ver a mulher agonizando, ele tenta terminar com o homicídio. Em um primeiro momento utiliza de um fio de luz para tentar enforcá-la. Sem sucesso, pega uma faca e desfere diversos golpes contra o peito da vítima”.

Após o crime, o assassino permanece na casa até as 5h, quando chama um carro de transporte e se desloca até o município de Barão, onde teria alguns parentes, levando a filha consigo. É no município que as forças de segurança localizam o homem. “Quando a Brigada Militar o localizou, ele prontamente confessou o crime. Apesar da proximidade das moradias na rua, nenhum vizinho ouviu algo. Nem mesmo a mãe da vítima que morava ao lado”, afirma Ferrugem.

O homicídio cometido por Ederson recebeu três qualificadores por parte da polícia motivo fútil, meio insidioso ou cruel e recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, além do próprio feminicídio, que também é considerado um qualificador. Ele está preso aguardando julgamento.