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Polícia Civil e Ministério Público deflagram Operação Opulência 2 contra organização criminosa em Rio Grande

Até o momento, quatro prisões foram realizadas, sendo uma delas em flagrante

OPERAÇÃO RIO GRANDE
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Na manhã desta quarta-feira (28), em ação conjunta da Polícia Civil, por meio da 7ª Delegacia de Polícia Regional do Interior de Rio Grande, e do Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), foi deflagrada a Operação Opulência 2. O objetivo da operação é combater organização criminosa que domina o comércio de gás em Rio Grande.

Até o momento, quatro prisões foram realizadas, sendo uma delas em flagrante. Foram apreendidos 254 mil reais em espécie, munições, veículos e documentos diversos.

A ofensiva, que conta com apoio da Brigada Militar, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Polícia Civil do Rio de Janeiro e Gaeco/MPRJ, procura desarticular uma organização criminosa responsável pela prática de crimes de extorsão, formação de cartel, ocultação de bens e agiotagem em Rio Grande. Além de traficar drogas, o grupo busca dominar o comércio de botijões de gás na cidade, intimidando pequenos comerciantes a comprarem gás da facção e praticarem preços tabelados sob pena de terem seus veículos depredados e suas vidas ameaçadas.

Foram cumpridos mandados judiciais em seis cidades do Rio Grande do Sul (Alvorada, Charqueadas, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Santa Vitória do Palmar e Rio Grande), em Criciúma/SC e no Rio de Janeiro/RJ.

Somente em Rio Grande foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisões, sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias de 22 investigados. Entre os 43 mandados de busca e apreensão, dois são na residência e na revenda de gás que pertencem a membro de organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e que domina o comércio de botijões de gás na cidade.

Segundo a diretora da 7ª Delegacia de Polícia Regional do Interior de Rio Grande, delegada Ligia Furlanetto, as investigações iniciaram há um ano e três meses, apontando que pequenos comerciantes de gás estão sendo intimidados para comprarem gás da facção e praticarem preços tabelados sob pena de terem seus veículos depredados e suas vidas ameaçadas. Pequenos comerciantes, inclusive, abandonaram seus comércios por medo.

Além do Diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), Delegado Anderson Spier e da diretora da 7ª Delegacia de Polícia Regional do Interior de Rio Grande, Delegada Ligia Furlanetto, participaram da coletiva de imprensa o Subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luciano Vaccaro; o coordenador do Gaeco, André Luis Dal Molin Flores; o promotor de Justiça do Gaeco – Núcleo Região Sul, Rogério Meirelles Caldas; Major Bastos alves e Capitã Pâmela da Brigada Militar.

A operação contou com 370 agentes, sendo, 225 da Polícia Civil gaúcha, 30 do MP/RS, 60 da Brigada Militar, 50 da Susepe e quatro auditores fiscais da Receita Estadual. Pela Polícia Civil, o Departamento de Polícia do Interior, o Departamento de Polícia Metropolitana, o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico e a Coordenadoria de Recursos Especiais foram os departamentos que participaram da operação.