Justiça

Polícia Civil aumenta operações e elucida mais de 280 mil crimes no RS em 2017

Delegado, chefe de polícia, Emerson Wendt, apresentou os dados nesta quarta-feira, dia 31 (Foto: PC/divulgação)
Delegado, chefe de polícia, Emerson Wendt, apresentou os dados nesta quarta-feira, dia 31 (Foto: PC/divulgação)

O aumento de 45,15% nas operações da Polícia Civil em todo o estado do Rio Grande do Sul no ano passado, em comparação a 2016, foi um dos triunfos da instituição no combate às organizações criminosas atuantes no território gaúcho. Foram 286 ações a mais, que enfraqueceram as principais quadrilhas com a apreensão de armas, drogas e dinheiro.

Delegado, chefe de polícia, Emerson Wendt, apresentou os dados nesta quarta-feira, dia 31 (Foto: PC/divulgação)

Foram retiradas das mãos de bandidos 3.718 armas em 2017. O número é 3,71% maior que o último dado registrado. Em relação as prisões realizadas pela Polícia Civil, houve aumento de 10,68% (de 13.301 para 14.722 ano passado).

Segundo o Chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, o número é satisfatório e representa um grande avanço nas investigações e apreensões ligadas à lavagem de dinheiro no RS.

“Os números são extremamente positivos. Demonstram um comprometimento de toda equipe de agentes da Polícia Civil junto com outras instituições para diminuir os índices de criminalidade, que a gente conseguiu fazer em grande parte de crimes patrimoniais e hediondos. Os dados representam não só um incremento nos procedimentos relativos ao crime organizado, a lavagem de dinheiro de mais de 400%, mas também apreensão, sequestro de bens e valores, de mais de R$ 67 milhões só nos procedimentos de combate a lavagem de dinheiro no estado”, diz.

Além de combater o crime, as operações têm por objetivo a descapitalização de organizações criminosas, visando atingir o patrimônio adquirido de forma ilegal por estes grupos. O chefe de Polícia Civil reforça que o combate às facções deve ser um dos focos principais das delegacias. Ao mesmo tempo, ressalta a importância da apreensão de armas, veículos e bens.

“O combate às facções tem que ser o trabalho principal. Nós temos uma tradição em investigação do tráfico, do homicídio, e muitas vezes é difícil fazer a comprovação da organização criminosa em si por vários fatores. Aqui no estado, as facções não tem um topo hierárquico. o que dificulta um pouco. Elas tem uma organização celular. A mesma facção tem uma célula que atua em determinado território e ai temos que ter investigações pontuais pra isso. É um processo de amadurecimento institucional fazer este tipo de investigação, aliada a descapitalização do criminoso, que significa prejudicar a volta dele para delinquir”, finaliza Wendt.

Os flagrantes lavrados pela Polícia Civil – 22.555 – também tiveram um acréscimo de 1,33%, em relação ao ano anterior. Foram remetidos ao Poder Judiciário 283.979 procedimentos policiais de crimes elucidados, uma diferença de 14.881, o que significa um aumento de 5,53% em relação ao ano anterior. A taxa de elucidação de crimes remetidos à Justiça, em 2017, foi de 75,27%.

Quanto à apreensão de drogas houve um aumento na maioria delas, sendo a de LSD recordista, com um índice de 67,28% a mais do que no ano anterior, seguida pela apreensão de ecstasy, com 33,87%. O crack, com 10,41% e a maconha, com 5,40%, também foram retiradas de circulação em grande número. Somente de LSD, a Polícia Civil apreendeu durante o ano de 2017 mais de 8.600 pontos Em novembro do ano passado, foram apreendidos 3.479 comprimidos de ecstasy, o maior número da temporada, que finalizou com 18.386 comprimidos retirados dos usuários e traficantes. Durante 2017 foram apreendidos quase 300kg de crack e mais de dez toneladas de maconha.

Outro dado importante é o valor de R$ 67.543.522,63 em ativos recuperados pela Polícia Civil no ano que passou, o que evidencia que a repressão qualificada às organizações criminosas, buscando sua descapitalização.

Todo o trabalho da instituição no combate ao crime deverá ser reforçado com o ingresso dos novos policiais. O concurso para Escrivão e Inspetor, cujas inscrições encerraram no último dia 19, contou com 44.238 inscritos preliminarmente.

Armas apreendidas e reutilizadas pela Polícia Civil

6 pistolas 9mm
2 pistolas calibre .40
2 espingardas .12
3 fuzis
1 carabina 5.56

Um indicador que também cresceu e reflete a diminuição da criminalidade no Rio Grande do Sul, relaciona-se aos presos por mandados de prisão pela instituição. No ano de 2017 foram 6.798, um acréscimo de 1.271 em relação ao ano anterior.