Bento Gonçalves

Polícia ainda não elucidou casos recentes de homicídios em Bento Gonçalves

Polícia ainda não elucidou casos recentes de homicídios em Bento Gonçalves

A onda de violência neste ano de 2018 em Bento Gonçalves atinge índices históricos. Até agora, são 44 homicídios registrados. O dado preocupante apresenta aumento de 29,4% em relação ao ano passado inteiro.

Para tentar inibir a ação criminosa, a Polícia Civil de Bento Gonçalves recebeu o reforço de seis agentes especializados na resolução de homicídios em Porto Alegre na segunda quinzena de outubro. A grande maioria dos casos, conforme o andamento das investigações, é em decorrência da disputa de território para o tráfico de drogas.

Porém, o medo de represálias por parte de integrantes de facções criminosas, faz com que muitas testemunhas não repassem informações para a polícia. O delegado regional, Paulo da Rosa, diz que as diligências ainda são prematuras, mas que dentro que 15 dias, alguns resultados podem aparecer à população.

“Trabalho de investigação, mas um período muito curto. Estamos com os servidores (da capital) há 15 dias trabalhando focados nos homicídios. Esperamos ter alguns resultados em diligências que iremos fazer. Estamos aguardando decisões do Poder Judiciário para que possamos desenvolver um trabalho mais específico. Priorizamos os fatos acontecidos em 2018. A investigação ainda é prematura, mas certamente teremos nos próximos dias um trabalho mais direcionado nas ruas”, diz.

O último assassinato ocorreu na Linha Zemith, em 20 de outubro. No interior de Bento foi executado Fernando Alves, de 26 anos, com 25 tiros. Na noite anterior, um adolescente de 17 anos foi morto no bairro Eucaliptos. Um dos casos que mais chamou a atenção da comunidade foi à luz do dia. No dia 8 de outubro, Ramao Peralta de Leon e Rodrigo Fabiano Brasil Correa, ambos de 37 anos, foram executados em uma chapeação no bairro Licorsul.

Após a chegada de reforço do Batalhão de Operações Especiais (BOE) e da Força Gaúcha de Pronta Resposta, o número de prisões aumentou. Foram 80 pessoas detidas em um prazo médio de 45 dias.