Acidente

Plataforma de Atlântida desaba dois dias após interdição

Vídeo mostra parte da estrutura que cedeu durante a madrugada e caiu no mar

Plataforma de Atlântida desaba dois dias após interdição Foto: David Castro
Plataforma de Atlântida desaba dois dias após interdição Foto: David Castro

O principal cartão postal da Praia de Atlântida, no município de Xangri-Lá, não resistiu à falta de manutenção e aos impactos das ressacas dos últimos anos. A Plataforma Marítima ruiu na madrugada deste domingo (15) e parte dela desabou e caiu no mar.

O desabamento aconteceu dois dias depois da direção da plataforma determinar a interdição total, na sexta-feira (13), proibindo a pesca e visitação do píer por tempo indeterminado. “Sugerimos aos surfistas para não surfarem/transitarem na região da Plataforma. Manter no mínimo 150 metros de distância. Há risco de lajes/pedaços de concreto caírem na água”, alertou um aviso no Instagram da Plataforma.

Parte da estrutura cedeu durante a madrugada e caiu no mar

A direção da Associação dos Usuários da Plataforma Marítima de Atlântida (ASUPLAMA) confirmou que terá representantes no ato. A ASUPLAMA é responsável pela gestão do píer. Os problemas envolvendo a falta de recursos para a manutenção da estrutura se arrastam há anos e têm sido agravados por uma séria de forte ressacas do mar.

Em um comunicado aos associados, em setembro do ano passado, a Associação salientou que não tem recursos para fazer a reforma e relatou as dificuldades, que envolvem questionamentos relacionados à segurança e falta de manutenção por parte Ministério Público Federal, desde 2017. Em 2019, houve uma reunião e chegou a ser discutida a possibilidade de a gestão ser repassada à Prefeitura de Xangri-Lá, o que não se concretizou.

O prefeito de Xangri-Lá, Celso Barbosa, disse que como a gestão é feita por uma associação o Município não pode destinar verbas públicas.

“Foi feito um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para a prefeitura retomar plataforma. Eu reservei R$ 2 milhões, na época para fazer a manutenção da estrutura, mas não avançou”, afirmou o prefeito.

Barbosa disse que deve convocar uma reunião nos próximos dias e que a ideia é que um empresa especializada possa fazer um levantamento para verificar se há possibilidade de reforma a plataforma.

“Como leigo, eu acho difícil porque a estrutura está bem deteriorada”, lamentou o prefeito.

Plataforma de Atlântida desaba dois dias após interdição Foto: David Castro
Parte da estrutura cedeu durante a madrugada e caiu no mar

*Com informações do Litoral na Rede