Passava pouco das 17h deste sábado, dia 7 de abril, quando o Corolla prata, uma viatura discreta da Polícia Federal (PF) que entrara pouco antes, começou a tentativa de deixar o pátio do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP) levando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o aeroporto de Congonhas, de onde seguirá para Curitiba, onde será cumprido o mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro.
Três minutos depois, Lula deixou o veículo e voltou ao prédio do sindicato porque os militantes que já haviam percebido a movimentação em um dos portões laterais do sindicato, impediram que o carro deixasse o local. O ex-presidente deve seguir ainda hoje para a sede da PF em Curitiba, onde começará a cumprir a sentença de 12 anos e 1 mês de prisão imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em segunda instância no caso do triplex de Guarujá.
Assim que se entregar, o ex-presidente será conduzido a Curitiba onde ficará em uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal. O local está isolado para vistantes externos e a movimentação nas imediações é só de profissionais da imprensa.
Também estão presos em Curitiba os ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antonio Pallocci e Léo Pinheiro, dono da Construtura OAS , que em depoimento ao Juiz Sérgio Moro afirmou que o petista é o dono do triplex.