Aliar os estudos com um curso técnico é um dos caminhos para o jovem gaúcho entrar no mercado de trabalho. Segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD, 18% dos jovens entre 18 e 24 anos estavam desempregados no 2º trimestre deste ano, no Rio Grande do Sul.
Anderson Rodriguez, de 27 anos, procurou o SENAI de Porto Alegre para se capacitar e ter mais chances no mercado de trabalho. Ele se formou no curso técnico de Eletrônica Industrial. Em dois meses, conseguiu um emprego como técnico em eletrônica. Mas não parou por aí. Ele está prestes a fazer outra formação técnica, agora em Sistemas Embarcados.
“Isso sempre foi um ponto chave. Eu terminei o curso em dezembro (de 2009). Em fevereiro (de 2010) eu já estava empregado. Foi muito rápido o retorno, eu não precisei procurar muito. O mercado estava pedindo o curso que eu precisava fazer. Como é um curso de dois anos, rapidamente tu tá formado e já está trabalhando”, conta Anderson.
Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, a indústria empregou mais de 778 mil trabalhadores. Na opinião do diretor de educação do SENAI, Eliseu Ferrigo, a educação profissional é a saída para o País.
“A educação profissional é essa alavanca que promove o crescimento de um País. Nunca vamos ter o crescimento econômico sem ter a geração de emprego. As pessoas qualificadas se movem, vão para onde conseguem se desenvolver.”
Dados da PNAD de 2017 evidenciam que mais de 58% dos jovens concluíram a Educação Básica até os 19 anos. O professor da Universidade de Brasília, a UnB, Jairo Eduardo, conta o objetivo da educação básica para os jovens.
“A educação básica vai dar, como no próprio nome diz, os fundamentos do ponto de vista das competências gerais para as pessoas desenvolverem outras competências. O papel dela é esse. Ela tem que dar uma base que permita ao indivíduo aprender novas coisas.”
Segundo a CNI, 54% dos trabalhadores do Rio Grande do Sul possuem ao menos o ensino médio completo. Por isso, é importante para os jovens gaúchos entenderem a realidade do estado quando o problema é a educação.
Fonte: PNAD