Garibaldi

Personalidades Femininas garibaldenses são homenageadas no Mês da Mulher

(Foto: Lilian Donadelli) Odilse Berte,  Gladis Vaccaro Marodin e Ines Giovanaz.
(Foto: Lilian Donadelli) Odilse Berte, Gladis Vaccaro Marodin e Ines Giovanaz.

Integrando a programação do Mês da Mulher em Garibaldi, o Lions Clube e LEO Clube realizaram na noite desta segunda-feira (11), no Restaurante Família Giovanaz, a 8ª edição do jantar em homenagem às Personalidades Femininas. Na ocasião foram homenageadas Ines Giovanaz, Maria Gladis Vaccaro Marodin e Odilse Berte.

Estiveram prestigiando o evento, o vice-prefeito Antonio Fachinelli, lideranças da comunidade, associados do Lions e Leo Clube, além de familiares e amigos das homenageadas.

Iniciando a programação, a cantora Marieli Oliveira acompanhada do músico Gabriel Sangali, agraciaram os presentes através de canções que tocaram os corações. Em seguida, a cerimônia festiva seguiu com as homenagens às três mulheres que se destacam pelo serviço voluntário na comunidade, onde cada uma teve seu histórico lido e recebeu mimos e um certificado de apreciação.

As homenageadas

(Foto: Lilian Donadelli)

Ines Giovanaz, filha de Angelo (in memoriam) e Marcolina Carrer Giovanaz é de uma família numerosa. Casada com Vander Variani e mãe de Fábio Giovanaz Carrer. De infância humilde, pais agricultores, educação rígida pautada nos princípios católicos, de respeito e amor ao próximo.

Dividia, desde muito nova, as responsabilidades e os encargos da vida adulta e do sustento da família. Entre afazeres domésticos e vida no campo, conciliou os estudos, concluindo a 5ª série. Aos 14 anos já trabalhava em uma casa de família, e m Coronel Pilar. O valor recebido era integramente repassado aos pais para o complemento da renda familiar. Mudou-se para Caxias do Sul e por 9 anos auxiliou na educação e na formação dos cinco filhos de Othon Conte e esposa. Encarregada dos afazeres da casa, começou a dar vasão a sua paixão, a gastronomia.

Paixão e talento, marcas de sua história, enriquecida através dos cursos de gastronomia feitos no Senac. Assim começava a dar os primeiros passos na profissão que a tornaria conhecida como a dona Inês: cozinheira e chefe de cozinha de um dos mais tradicionais e procurados restaurantes de Garibaldi.

A convite da irmã Naídes, auxiliou no empreendimento que a irmã acabara de abrir, a Casa Nostra, servindo petiscos, chopp e pizzas à noite. Com a troca de endereço, passaram a oferecer almoço e janta. A sociedade entre irmãs se prolongou, assumindo por 8 anos o restaurante do Parque da Fenachamp.

Com novas ideias e planos, iniciaram as atividades da empresa Só Comer, voltada à comida congelada e a realização de eventos. Mais tarde, Inês voltou a comandar a cozinha do primeiro restaurante a quilo da cidade, o Clube Primeiro de Maio.

Após três anos, a irmã Naídes, por motivos de saúde, deixou a sociedade, assumindo em seu lugar o irmão mais novo, Macos César, com quem Inês mantém a sociedade até hoje. Mas a dona Inês, essa mulher trabalhadora nunca deixou de lado a sua essência familiar, o respeito e o amor ao próximo.

Então, apareceu a Inês catequista, a mulher que em datas festivas distribui alimentos às famílias necessitadas ou para o Lar de Idosos. Junto com sua equipe, prepara jantares, chás, almoços organizados pela Liga de Combate ao Câncer, da qual é membro, e à APAE. Também, sedendo gratuitamente, em diversas ocasiões, o espaço de eventos em sociedade com o irmão.

O seu talento faz dela essa cozinheira de mão cheia, que repassa os seus conhecimentos na Faculdade Aberta da Terceira Idade.

(Foto: Lilian Donadelli)

Maria Gladis Vaccaro Marodin é filha de Francisco e Irene Vaccaro. Nasceu em 15 de abril de 1950, na Linha Santo Alexandre, em Garibaldi, e tem sete irmãos. Casada há 36 anos com Antonio Marodin, é mãe de Silvana e Jaqueline. Ela é graduada em geografia e lecionou na Escola Presidente Soares e na Escola de 1º Grau Incompleto Antônio Pilleti, onde também foi diretora.

Sempre incentivada a estudar pela família, ao completar 11 anos, foi para o colégio das Irmãs de São José, tendo lá uma prima, Irmã Valdomira. Orientada a integrar-se desde cedo às atividades relativas à igreja, até hoje desempenha papel atuante na liturgia, ministra e catequista.

Segundo Maria Gládis, procura delegar tarefas, não concentrando em si as atividades. Gosta mais de ser seguidora. No seu tempo de lazer, distrai-se com leituras e artes manuais. Participa até hoje de incontáveis cursos em diferentes áreas.

No Clube de Mães era atuante, hoje não mais. Mas ainda assim, é um elo entre as entidades e a comunidade. Faz a divulgação do calendário Antoniano e do atendimento psicológico no telefone 188.

(Foto: Lilian Donadelli)

Odilse Berte é natural de Lajeado, filha de Rafael e Lúcia Berte, ambos falecidos. Tem sete irmãos, um filho, engenheiro civil, o qual considera uma bênção em sua vida. Filha de pais católicos praticantes, desde pequena aprendeu as orações e a participar das festas comunitárias, a trabalhar e a não ficar devendo a ninguém, a ajudar os que precisam e a tratar as pessoas igualmente, sem distinção.

Aos 11 anos era assistente de uma idosa e morava em Carlos Barbosa. De manhã estudava e a tarde fazia companhia a senhora, mesmo quando esta estava hospitalizada. Trabalhou na Tramontina, e aos sábados ajudava nos trabalhos de casa de outra senhora, também idosa.

Morou em Canoas e Porto Alegre durante alguns anos. Ao retornar a Garibaldi foi convidada a participar do grupo de jovens do bairro Alfândega. Lá, teve a oportunidade de aprender contos, teatros, encenações e até a cuidar do jardim da igreja Nossa Senhora do Carmo. Além, é claro, de ajudar na Festa da Padroeira.

Em 1985, foi convidada por Mônica Giongo a trabalhar na comunidade do bairro São José, onde fundaram um grupo de jovens. Conforme a homenageada, naquela época, a comunidade sofria muita descriminação. Então, percebeu que poderia auxiliar mais os moradores. Desta forma, procurou empresários que disponibilizassem vaga de emprego. Muitos ajudaram.

Em 1984 as Irmãs de São José fizeram uma doação de um terreno e de uma casa de madeira humilde para a comunidade do bairro. Assim, começaram as missas, as celebrações da palavra e as festas.

Por vários anos a luta para que se construísse uma igreja melhor foi em vão. Muitos desanimaram no meio do processo. Porém, em março de 2010, a construção de um espaço para as celebrações religiosas foi iniciado. Todas as atividades foram transferidas para o galpão da delegacia, cedido pelo delegado Clóvis. Enquanto isso acontecia, Odilse começou a vender rifas para angariar os fundos. Todos trabalharam duro. Mas por diversos acontecimentos a obra parou em 2015. Somente em 2017, conseguiram com que a construção fosse finalizada, por meio de festas, rifas, bingos e outras promoções. O sonho enfim tornou-se realidade.

Hoje, nessa igreja, Odilse presta serviços como ministra da eucaristia, coordenadora do conselho da igreja, da catequese e é catequista. Gosta muito de trabalhar com sua e para sua comunidade de várias formas. Ela realiza tudo isto, pois tem uma família que colabora e a entende.