O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) sobre a morte do menino Rafael Mateus Winques, 11 anos, no Norte do RS, contradiz o depoimento da mãe, Alexandra Dougokenski. De acordo com a perícia, a criança foi morta por meio de asfixia mecânica por estrangulamento. Na confissão, a mulher havia alegado ter dado dois comprimidos de um calmante para Rafael. A análise laboratorial para saber se a dosagem procede, ainda está sendo realizada.
De acordo com o delegado diretor do Departamento de Polícia do Interior, Joerberth Nunes, a mulher confessou o crime e indicou aos policiais o local onde havia ocultado o cadáver. O corpo do menino estava em uma caixa, na garagem de uma residência perto de onde morava com a mãe e o irmão, de 16 anos. O imóvel pertence a uma família que não estava no local.
Entre tantas investigações e apurações, a Polícia Civil não dá o caso por encerrado. Os agentes ainda investigam se houve a participação de uma terceira pessoa. O namorado de Alexandra não estava em casa no dia do desaparecimento, e isso foi comprovado, de acordo com a polícia. O certo é que, segundo Nunes, a tese de homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar, está completamente descartada.
“Ela começou a chorar e imediatamente confessou o fato. Mas logo após voltou a seu estado de tranquilidade”, disse, em entrevista, o delegado Joerberth sobre confissão de Alexandra.
Com a prisão temporária decretada pela Justiça, a mulher segue no sistema penitenciário até o fechamento do inquérito, onde pode haver o pedido pela prisão preventiva.