O deputado federal Pepe Vargas foi eleito no último domingo o novo presidente estadual do Partido dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul. Pepe foi eleito durante o Congresso Estadual do partido, realizado durante o final de semana na Assembleia Legislativa. Ele fez 55,78% dos votos e venceu a eleição no primeiro turno. O segundo mais votado foi Ary Vanazzi, atual presidente do partido.
Após ser eleito, Pepe destacou o conjunto de resoluções aprovadas pelos filiados ao partido durante o congresso. Para o deputado, um dos principais objetivos do novo período é retomar a aproximação com partidos ideologicamente próximos com o intuito de barrar as reformas propostas pelo governo de Michel Temer. “O PT do Rio Grande do Sul deve intensificar os contatos com os partidos e os movimentos sociais que vêm lutando contra as políticas que visam reduzir direito dos trabalhadores, como as reformas da previdência e trabalhista”, afirma.
As eleições de 2018 e uma iminente candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva também estão na pauta do partido. Apesar de não falar em nomes, Pepe destaca a importância de articular a disputa da presidência. “Nós estaremos discutindo o futuro do nosso país, a discussão de uma futura chapa para a presidência da república que permita a retomada do governo federal com um projeto que distribua renda e permita o crescimento econômico, o que lamentavelmente se perdeu com a entrada do Temer e a agenda que ele vem impondo”, explica o petista.
No Rio Grande do Sul, Pepe reiterou o posicionamento contrário ao regime de recuperação fiscal. Para ele, a privatização de empresas como o Banrisul e a Sulgás podem trazer danos irreversíveis à economia gaúcha. “Se o Rio Grande do Sul aderir ao regime de recuperção fiscal, ao invés de diminuir a dívida vai aumentar. Não adiante o governo atual querer uma folga para seus últimos dois anos e endividar ainda mais o Rio Grande do Sul, perdendo empresas públicas lucrativas como o Banrisul e a Sulgás. Isso vai trazer ainda mais dificuldades, além de proibir contratação de brigadianos, policiais civis, professores, porque os estados que aderirem ao regime de recuperação fiscal ficarão proibidos de fazer esse tipo de contratação”, alerta Pepe Vargas.