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Prefeito de Bento veta obrigação de contratação de artistas locais em eventos

Prefeito de Bento veta obrigação de contratação de artistas locais em eventos

Os vereadores de Bento Gonçalves acolheram, na sessão ordinária realizada na segunda-feira, dia 26, por maioria de votos, o veto do prefeito Guilherme Pasin ao projeto que criava o programa Sons da Cidade, que pretendia estimular a cultura local tornando obrigatória a apresentação de talentos locais em eventos que recebem dinheiro público na cidade.

O projeto, de autoria do vereador Agostinho Petroli, havia sido aprovado por unanimidade na Câmara nas sessões dos dias 2 e 8 de maio, e pretendia estabelecer a obrigatoriedade da “disponibilização de oportunidade para a apresentação de grupos, bandas, cantores ou instrumentistas locais na abertura de eventos que contem com financiamento público municipal”.

De acordo com a justificativa do prefeito para o veto, o projeto é inconstitucional, porque indica uma interferência nas atividades de responsabilidade do Executivo. Conforme o veto, ao aprovar o projeto, a Câmara “editou norma que não é de competência legislativa”.

O veto do prefeito ao projeto recebeu quatro votos contrários. Além do autor do projeto, os vereadores Gustavo Sperotto (DEM), Idasir dos Santos (PMDB) e Moacir Camerini (PDT) também rejeitaram o veto.

O texto do veto ainda afirma que estabelecer uma obrigação para a contratação de artistas locais “pode desvirtuar os objetivos do evento” e sugere que, em vez da obrigatoriedade, o programa apenas incentive e estimule “a oferta de oportunidade sem qualquer ônus” para o município.