Emprego e Carreira

Pandemia: Em três meses, 123,1 mil gaúchos ficaram desempregados

Números preocupam e não há previsão de retomada

Pandemia: Em três meses, 123,1 mil gaúchos ficaram desempregados

A crise econômica provocada pelo novo coronavírus cada vez mais impacta sobre as famílias brasileiras. E, o Rio Grande do Sul, não poderia passar a salvo dos números drasticamente em queda há três meses.

Apenas no mês de maio, o estado fechou 32.106 vagas de emprego formal, ou seja, postos de trabalho com carteira assinada. Foram 43.140 admissões contra 75.246 desligamentos em apenas 31 dias, com uma variação de – 1,31. Os dados são do Cadastro Geral Empregados e Desempregados, o Caged, divulgado na segunda-feira (29).

No último mês, a indústria teve o pior desempenho, muito em decorrência da forte crise sobre o setor calçadista: foram 13,2 mil vagas fechadas. O setor de serviços fechou 8,7 mil vagas e, o comércio, 7,8 mil postos formais no Rio Grande do Sul. Em abril, o Estado havia fechado 76,8 mil vagas. Em um acumulado bruto de três meses, desde o início da pandemia e fechamentos, pode-se entender que 123,1 mil gaúchos ficaram desempregados.

O dado é alarmante, ainda mais se fizermos uma simples comparação: Bento Gonçalves, a segunda maior cidade da Serra, de acordo com o último levantamento populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2019), possui 120.454 habitantes. Ou seja, em três meses o RS perdeu “uma Bento inteira e mais um pouco” em empregos formais.

Confira os dados completos do Caged no link abaixo

Apresentacao-Coletiva-Caged-e-BEm-Maio-de-2020

Nível Brasil
Em maio, quatro dos cinco grupos de atividades econômicas no país mostraram desempenho negativo, com destaque para serviços. Somente o grupo de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura contratou no mês,

Serviços: -143.479 vagas
Indústria geral: -96.912
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: -88.739 vagas
Construção: -18.758 vagas
Agropecuária: +15.993 vagas